080 Barcelona Fashion: Custo Barcelona e novos estilistas brilham no evento

Por

Triana Alonso

Traduzido por
Novello Dariella

Publicado em
3 de jul. de 2017

Quando uma coleção leva o nome "Light Years Cruise" e a assinatura da Custo Barcelona, o título não poderia ser mais apropriado. Uma ode ao brilho, que impressionou, mesmo sabendo que já foi apresentada em Madrid e na Semana de Moda de Nova York, se tornando a coleção mais internacional da marca até então.

Segundo seu estilista, Custo continua apoiando as passarelas de Barcelona e mostrando a sua proposta ao público da cidade, embora a sua nova coleção debute em Nova York, em setembro.

Entre luzes, música e globo giratório, o casting misto desfilou com looks brilhantes, tecidos metalizados muito coloridos com as estampas clássicas da marca, combinados com aplicações de pedrarias, lantejoulas e purpurina, com lã, veludo ou cetim. Vestidos curtos de cortes assimétricos e meia arrastão, para as mulheres, e ternos de veludo e roupas oversized, para os homens.

Apesar da Custo ter atraído flashes como a grande protagonista do dia, os debutantes Maria Roch e Gemma Sach também brilharam. A primeira, exibiu sua experiência, adquirida na Bread & Butter, Cibeles Ego e na equipe de Antonio Miro, com o lançamento de sua marca própria, cuja loja está localizada no distrito San Gervasio, em Barcelona. Inspirada pelo kintsugi, a arte japonesa de reparar cerâmica quebrada, Roch apelou para a beleza das imperfeições em sua coleção “Imperfecta”, com uma paleta de cores descontraída e infinitas sedas, que voavam e deslizavam sobre o corpo das modelos.

Já Gemma Sach estreou em Barcelona com sua coleção "Eclipse" para o outono-inverno 2017-18, seguindo a máxima de "qualidade e conforto”, com uma mulher atemporal e versátil para quem “a moda não passa de moda". Apresentou vestidos longos em seda e veludo, apropriados tanto para o dia, como para a noite.

Na mesma tarde, o veterano Escorpion apresentou "Wonderland", um conto de fadas sob a direção criativa de Sybille Horaist, que mantém há 14 anos o legado da empresa fundada em 1929. Modelos se transformaram em ninfas, entre estampas florais que se tornaram selvagens, peças com volumes, vestidos longos e sobreposições de tule, lantejoulas e cetim.

A nota irreverente veio das mãos bem-humoradas e rebeldes da jovem marca, Cérebro & Besta, fundada em Barcelona, em 2010. Seu criador, Ángel Vilda, abriu o desfile vestido em uma bata de pinturas de seu avô. Nostalgia, melancolia e transgressão em “Labyrinth”, uma coleção exagerada e impressionante, que mesclou tecidos tecnológicos e futuristas com algodão esportivo, camisas listradas e até mesmo teias de aranha. Rostos prateados, para elevar ao máximo um dia marcado por brilho e metal.