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Novello Dariella
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2 de jul. de 2019
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A Alta Costura tecnológica de Iris van Herpen

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
2 de jul. de 2019

Um dia após o Centre Pompidou anunciar os seus planos para acolher desfiles de moda no interior do seu grande museu de arte contemporânea, foi educativo assistir ao mais recente desfile de Iris van Herpen, realizado na segunda-feira (1) em Montmartre, Paris.


Iris van Herpen - Photo: FashionNetwork.com


Na interseção onde a moda e as belas artes se cruzam, van Herpen é a estilista mais fértil da atualidade. Nesta temporada, colaborou com o artista americano Anthony Howe, cuja gigantesca escultura cinética, branca, redonda e poética, Omnivore, girava no meio da passarela, no interior da restaurada sala de concertos Elysée Montmartre.
 
O final do desfile de van Herpen contou até com uma modelo cujo vestido branco incluía dois ramos cíclicos giratórios e pétalas que combinavam com o trabalho de Anthony Howe. A estilista holandesa chamou a sua coleção de "Hypnosis", o que, segundo a própria, se refere à “visualização hipnótica da natureza."

O desfile foi de uma Alta Costura tecnológica, e Iris van Herpen juntou-se ao professor Philip Beesley para desenvolver milhares de mini-ondulações cortadas à máquina que se disseminavam através dos vestidos, revelando a pele das modelas à medida que estas caminhavam pela passarela. No total, foram apresentadas 19 silhuetas, todas com várias camadas de transparências tão delicadamente tratadas que o aço parecia tão leve quanto a organza.
 
Toda esta coleção poderia facilmente ser exposta num museu de belas artes. Esperamos que uma grande parte possa ser usada para este fim. Céline Dion marcou presença no evento parisiense com um vestido de camadas com estampados a laser criado por van Herpen especialmente para o desfile. A cantora canadiana nunca esteve tão na moda.

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