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Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
8 de mar. de 2023
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5 Minutos
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A elegância vinda da força das ucranianas Bevza e Di Stavnitser em Paris

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
8 de mar. de 2023

Se há uma palavra que descreve todas as marcas ucranianas, essa é a resiliência. Obrigadas a reagir à guerra que vai agora no seu primeiro aniversário, inúmeras marcas de moda têm-se deparado com o desafio de combinar a sobrevivência com a reinvenção dos seus negócios, criando agora as suas coleções em condições de porto seguro no estrangeiro ou ao som de sirenes e bombardeamentos no horizonte, como descreveu há poucos dias no final do seu desfile a designer Lili Litkovska.


Bevza - outono-inverno 2023/24 - Womenswear - França - Paris - Bevza


O debute da Bevza em Paris



Habitual na New York Fashion Week durante as últimas 12 temporadas, a marca ucraniana Bevza, nascida em 2006, aterrou em Paris com uma primeira apresentação íntima para se aproximar dos seus clientes europeus mais a ocidente.

"Encontramo-nos num período de transição. Não queria fazer um desfile de moda, mas sim um encontro próximo onde pudéssemos conversar e trocar ideias. Depois do último ano na Ucrânia, esta coleção é um diálogo entre a vida e a morte, um reflexo do desejo de liberdade no mundo", explicou à FashionNetwork.com, a fundadora e estilista por detrás da marca, Svitlana Bevza, sobre a sua primeira apresentação conceptual em França.

O desfile apresentou peças numa paleta a preto e branco, destacando vestidos minimalistas com asas de penas bordadas à mão, silhuetas de cetim com aberturas sugestivas e looks estruturados de alfaiataria.

Situada no centro de Kiev, perto da Administração Presidencial, a marca retomou gradualmente a atividade dois meses após o início da guerra. "Temos mantido a produção na Ucrânia e continuamos a fabricar protótipos na capital. É uma forma de acreditar e reivindicar a qualidade e o savoir-faire que temos no nosso país", continuou a empresária orgulhosamente, sublinhando a boa resposta dos trabalhadores da fábrica desde a reabertura no verão passado, o que permitiu "manter os salários e garantir uma certa estabilidade mental" para as pessoas que passam muito tempo em abrigos a protegerem-se dos bombardeamentos.

"As pessoas vinham avidamente, dizer que 'não podemos ficar parados, precisamos de um emprego'", reforçou sobre a "mentalidade de sobrevivência ucraniana". Um caminho que envolveu uma adaptação acelerada a um contexto extremo. A empresa emprega atualmente 20 trabalhadores.

"Muitas fábricas compraram geradores de energia, outras transferiram a produção para locais protegidos, e rapidamente começámos a informar-nos via Telegram para saber o que está a acontecer ou quais são as ameaças. No início, quando ouvíamos as sirenes, corríamos rapidamente para nos protegermos na cave, enquanto agora nos adaptamos e, quando não há perigo claro, continuamos a trabalhar", disse Svitlana Bevza sobre as circunstâncias extremas. "Não é que nos tenhamos habituado, mas que aqueles de nós que ainda vivem na Ucrânia não têm outra escolha", lembrou.

Como explica a fundadora, a Bevza experimentou um "grande apoio" de clientes e compradores, que garantiram a espera sem cancelarem as encomendas durante os momentos mais difíceis. Hoje, a marca vende as suas peças de vestuário através da sua própria loja online ou pontos de venda como The Frankie Shop ou Printemps, em França; Selfridges ou Harvey Nichols, no Reino Unido; ou Bergdorf Goodman ou Intermix, nos Estados Unidos; além de ter uma presença em mercados como a China, Emirados Árabes Unidos, Líbano ou Turquia. A empresa está também disponível online através da Ssense no Canadá e Moda Operandi nos EUA.

"Pode parecer incrível, mas os negócios têm continuado a correr muito bem, apesar do contexto. Os resultados são muito bons", sorriu a empresária, que chegou a Paris após uma viagem de 24 horas da Ucrânia via Polónia.


O minimalismo caracteriza a marca ucraniana Di Stavnister - Di Stavnitser


O nascimento da Di Stavnister



Lançar uma marca em plena guerra? O que muitos podem considerar uma verdadeira loucura, para a empresária da moda Diana Stavnister pareceu a resposta mais lógica para um contexto sombrio e incerto. Amante da moda vintage e colecionadora de objetos das suas viagens pelo mundo, a fundadora desembarcou em Paris para apresentar a sua coleção de estreia, já disponível em pré-venda.

A marca com posicionamento premium concebe peças minimalistas com linhas refinadas e aposta no carácter único dos itens, que completa com botões ou detalhes de joias vintage diferentes em cada caso, além de acabamentos cuidadosos com o tecido de antigos lenços masculinos. Por sua vez, os tecidos utilizados provêm de sobras de stocks de renomadas empresas de luxo, como a Armani ou Valentino.

A alfaiataria clássica ganha propostas vanguardistas, como sugestivos decotes em peças sem costas, aberturas nos ombros ou itens irreverentes em forma de mangas bouffantes que podem ser combinados com diferentes peças de vestuário, fizeram parte do que a criativa, atualmente radicada na Cidade do Cabo, concebe como "um guarda-roupa completo e atemporal de peças básicas e essenciais". Fabricadas à mão, as peças são produzidas atualmente numa oficina na Polónia, que a empresária espera transferir para a Ucrânia após a guerra.

"Gosto de viver num mundo belo rodeado de coisas belas, sou apaixonada pela estética. A comunidade que criei em torno dos meus projetos vintage estava à espera que eu lançasse a minha própria marca. Queria muito promover um projeto dedicado à cultura ucraniana, a mulheres fortes e independentes", disse Diana Stavnister sobre o lançamento da sua marca homónima. "Mesmo estando em tempo de guerra, as mulheres querem vestir-se bem e sentirem-se belas. Esta coleção homenageia esse desejo e tenta lembrar que tempos melhores virão em breve", continuou, destacando que "a Ucrânia tem esperança e acredita continuar a lutar".

Mais concluiu destacando o poder social da moda: “Temos de mostrar ao mundo que somos fortes e que queremos continuar a viver e a fazer a diferença. A moda é um grande reflexo desse propósito”.
 

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