Reuters API
Helena OSORIO
20 de abr. de 2020
A Gucci reabrirá atividades de protótipos nas instalações italianas
Reuters API
Helena OSORIO
20 de abr. de 2020
A Gucci, a coqueluche da Kering, planeia reabrir as atividades de protótipos numa das suas principais instalações italianas, durante esta semana, após ter chegado a um acordo com os sindicatos sobre medidas de saúde e segurança para os seus trabalhadores, como afirmou sábado (18 de abril).
A maioria das empresas e locais de produção foram encerrados em toda a Itália, sob um bloqueio imposto pelo Governo em março, face à emergência da pandemia do coronavírus COVID-19.
As fortes restrições à circulação e ao encerramento de muitas atividades económicas permanecerão em vigor pelo menos até 3 de maio, mas ainda não existe um plano claro sobre até que ponto estas medidas serão flexibilizadas gradualmente.
A Gucci, uma das maiores marcas de luxo do mundo em termos de vendas, afirmou numa declaração que um pequeno grupo de trabalhadores irá retomar o fabrico de protótipos para artigos de couro e desenhos de calçado, nas suas instalações ArtLab, perto de Florença, já a partir de 20 de abril.
Um porta-voz afirmou que, nesta fase, cerca de 10% da força motora (ou seja, 1000 trabalhadores), regressará ao local de trabalho.
"Isto permitir-nos-á lançar as bases para uma reabertura mais ampla das nossas instalações de fabrico e da cadeia de produção do Made in Italy, assim que for permitida", afirmou o presidente e director executivo da Gucci, Marco Bizzarri, numa declaração.
A investigação e o desenvolvimento estão entre as atividades permitidas pelo Governo, durante o encerramento.
As medidas de segurança acordadas com os sindicatos, com vista à reabertura parcial, incluem turnos de trabalho escalonados, testes à temperatura dos trabalhadores, fornecimento de máscaras e luvas faciais, bem como a disponibilização de um carro da empresa aos trabalhadores, caso estes não disponham de viatura própria.
Os dirigentes da moda italiana apelaram, na semana passada, ao governo, para que lhes seja permito retomar alguma produção antes do final de abril, alertando para o risco de um encerramento prolongado do sector que o poderá prejudicar irremediavelmente.
O gigante francês de artigos de luxo Kering já havia afirmado, no mês passado, que esperava uma diminuição das vendas comparáveis em cerca de 15%, nos primeiros três meses de 2020, e uma vez que o surto de COVID-19 o obrigou a fechar as lojas primeiro na China e depois na Europa e EUA.
A Kering vai publicar as receitas do primeiro trimestre no dia 21 de abril.
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