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10 de out. de 2022
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A ModaLisboa já não é só para convidados

Publicado em
10 de out. de 2022

A 59.ª edição da ModaLisboa já não decorre só para convidados com acesso restrito a desfiles, alargando-se a um mar de atividades que começaram com as FastTalks no Lisboa Social Mitra - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, previamente anunciadas pela FashionNetwork.com. Relevamos a Pop-Up ModaLisboa.


Vista geral da Pop-Up ModaLisboa - Foto: Catarina Osório


De facto, nesta estação, a ModaLisboa Oasis abriu novas portas ao público em geral, naquele que é um polo de inovação reabilitado a oriente do centro histórico da capital, e assenta em valores como a solidariedade, diversidade e inclusão, não deixando de ser eclético. Esta é uma marca de mudança como também de evolução, com base no chegar a todos e à beleza indiscutível de todos – hoje e mais do que nunca, uma preocupação maior no sector da moda.

Assim, os armazéns desdobraram-se em espaços de exposição, instalação e performance, relevando a imensa pop-up store com 19 criadores e suas marcas, logo à entrada, e lado a lado com a instalação de Ivan Hunga Garcia, que recria um pequeno jardim alusivo à última coleção, como um fecho desses processos de investigação naturais e artesanais, demarcando o salto para a nova estação, adiantou o designer de Abrantes à FashionNetwork.com. 

Ivan "encerra O Último Prefixo, colocando em evidência o percurso físico das peças nomeadas como 'vestuário botânico', na qual fica também reforçada a mutabilidade e regeneração de um novo corpo de vegetação", refere também a ModaLisboa - Lisboa Fashion Week nos seus canais de redes sociais.


Ivan Hunga Garcia e a sua instalação na Pop-Up ModaLisboa - Foto: Catarina Osório


Os 19 criadores e/ou as suas marcas, que expõem peças de outras estações com descontos, na Pop-Up ModaLisboa, são: Amor de la Calle, Beatriz Jardinha, Béhen, Call Me Gourgeous, Casa Tigre, Carolina Machado, Constança Entrudo, Dino Alves, Duarte, Gonçalo Peixoto, Hibu, Hurricane, João Magalhães, Kolovrat, Luís Buchinho, Luís Carvalho, Nuno Gama Ricardo Andrez e Valentim Quaresma.

Os cinco looks dos finalistas da primeira fase do concurso Sangue Novo, figuram à entrada da pop-up, como sejam Niuka Oliveira, Inês Barreto, Çal Pfungst, Molly98 e Darya Fesenko. Um projeto de defesa da transdisciplinaridade e da experimentação, que possibilita a competição de jovens designers em início de carreira.

Melhor dizendo: cada um dos designers recebe o Prémio ModaLisboa x SEASIDE no valor de 1000 euros para desenvolvimento de uma nova coleção a apresentar em março de 2023 e beneficia dos serviços de assessoria de imprensa e showroom na agência de comunicação Showpress. Em março de 2023, na segunda fase do concurso, competirão pelos prémios IED - Istituto Europeo di Design Milano, Tintex Textiles e Showpress.


Looks dos cinco finalistas do Sangue Novo - Foto: Catarina Osório


Distinguimos ainda o espaço físico e virtual dedicado à arte, SQUAT, com 16 artistas independentes de diferentes nacionalidades e com curadoria de Antonio Lettieri; assim como (entre outros), a vitrina da collab Salsa Jeans x Luís Carvalho, e pontos de pausa e degustação pelo percurso de antigos armazéns com nova vida do Poço do Bispo.

Como explica melhor a ModaLisboa - Lisboa Fashion Week: "A @salsaofficial escolheu a @lisboafashionweek para dar início às celebrações dos 15 anos de um dos seus bestsellers, os icónicos Push Up jeans, com uma coleção-cápsula em colaboração com @luiscarvalhoofficial", publica nos seus canais de redes sociais.

Para além dos desfiles com as novas coleções para a estação de primavera-verão 2023 serem também mais sustentáveis, uma vez que as mesmas são produzidas em escala controlada e sem desperdício, nesta edição a ModaLisboa ocupou também um espaço onde nunca esteve, o qual será um hub social pertencente à Santa Casa da Misericórdia.


Espaço de arte físico e virtual com a instalação SQUAT dedicada à produção artística independente - Foto: Catarina Osório


Esta escolha acaba por focar a posição da organização, no âmbito do acordo assinado pela Comunidade Europeia com metas para combater o aquecimento global, por ser a indústria da moda uma das mais poluentes. Sem esquecer que é também aquela que mais ativamente procura soluções, como a sustentabilidade, produção ética, etc., e já há algum tempo", foca a diretora da Associação ModaLisboa, Eduarda Abbondanza. A ModaLisboa Oasis é o culminar destas diretrizes.

"A ModaLisboa não trabalha só num segmento de pessoas", reforça ainda Abbondanza ao Diário de Notícias: "A ModaLisboa através do seu conjunto de criadores trabalha vários targets dentro da própria cidade. E, portanto essa é também uma das missões da ModaLisboa neste momento que é numa Lisboa tão diferente, numa Lisboa que é habitada por tantas outras pessoas que não são de nacionalidade portuguesa, mas que fazem parte da cidade e que já são muitas, promover esse encontro das múltiplas comunidades que a habitam", acrescenta.
 

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