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Europa Press
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Estela Ataíde
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16 de jul. de 2019
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Acionistas da Inditex aprovam nomeação de Carlos Crespo como CEO

Por
Europa Press
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
16 de jul. de 2019

A Assembleia de Acionistas da Inditex deu esta terça-feira "luz verde" à nomeação de Carlos Crespo como CEO da multinacional têxtil espanhola. Com a nomeação de Crespo, até à data diretor-geral de operações da empresa, a gigante têxtil recupera a figura de CEO.


Carlos Crespo - Inditex


Na sua nova posição como CEO, e reportando ao presidente executivo, Pablo Isla, Crespo será responsável pelas áreas de tecnologia (sistemas, dados e digital), segurança da informação, logística e transporte, construção, assessoria jurídica, compras e contratações e sustentabilidade, e ficará encarregue de definir, juntamente com Isla, a estratégia global da empresa.
 
A assembleia abordou também a modificação parcial da política de remunerações dos administradores para 2019, 2020 e 2021 para adicionar o valor anual fixo de Carlos Crespo pelo desempenho das suas novas funções executivas, pelas quais irá receber uma remuneração anual fixa como CEO de 1,5 milhões de euros.

Crespo iniciou a sua carreira em auditoria de contas e ingressou na Inditex em 2001 como responsável de políticas contabilísticas do departamento de administração financeira.
 
Após gerir posteriormente a gestão administrativa de inventário nos centros logísticos do grupo, em 2005 assumiu a responsabilidade de dirigir a auditoria interna, até que em 2018 foi nomeado diretor-geral do grupo, cargo que ocupou até à sua nomeação como CEO.

Após a aprovação das contas de 2018, a Assembleia de Acionistas da Inditex aprovou a reeleição do presidente executivo Pablo Isla. Amancio Ortega, José Luis Durán e Emilio Saracho também foram reeleitos e Carlos Crespo foi acrescentado ao conselho. 

Aprovou também a criação da nova comissão de sustentabilidade do conselho de administração e a ampliação do número de diretores para 11 membros, pelo que no futuro será nomeado um novo diretor independente.
 
Também foi aprovada a nova política de dividendos. Por um lado, o "payout" ordinário aumenta de 50% para 60% do lucro, e, em segundo lugar, a sociedade repartirá, como um dividendo extraordinário total, um euro por ação a título dos exercícios de 2018, 2019 e 2020.

Desta forma, a título de 2018, foi aprovada a distribuição de 0,88 euros por ação (mais 17% do que no exercício anterior), dos quais 0,44 foram distribuídos a 2 de maio e os 0,44 restantes serão entregues a 4 de novembro como um dividendo ordinário suplementar e dividendo extraordinário.

Mais de 174 mil trabalhadores
 
No final do exercício, faziam parte do grupo mais de 174 mil pessoas em todo o mundo, representando 154 nacionalidades. Uma equipa que, de acordo com o que Isla destacou no seu discurso, partilha "uma cultura de humildade, diversidade, criatividade, inovação e inconformidade permanente".
 
A título do exercício de 2018, a Inditex distribuiu entre aqueles que a compõem 619 milhões de euros em bónus e remunerações variáveis que, somados aos seus salários, alcançam um total de 4,136 mil milhões de euros em compensação salarial.

Em abril passado, foram pagos 32 milhões de euros correspondentes ao segundo ciclo do plano de 2017-2018 de participação no crescimento dos lucros, entre as cerca de 92 mil pessoas que, a 31 de março de 2019, tinham uma antiguidade de, pelo menos, dois anos na empresa.
 
No total, foram distribuídos ao longo dos quatro anos destes planos 152 milhões de euros.
 
Em 2019, entraram em vigor novos planos com objetivos vinculados ao aumento das vendas em cada loja específica, no caso das equipas de loja, e de rentabilidade, no caso do pessoal dos serviços centrais e de logística.

Noutro momento da reunião, em resposta a uma pergunta de um acionista, Isla garantiu que a integração da Zara Home na Zara não terá qualquer impacto sobre o emprego de qualquer ponto de vista.
 
Contribuição fiscal da Inditex
 
Por fim, Isla explicou aos acionistas o efeito económico de tração que a empresa exerce em todo o mundo e, em particular, em Espanha, como reflexo da atividade da sua sede. Em 2018, a contribuição fiscal total da Inditex excedeu os 6,166 mil milhões de euros, dos quais 1,692 mil milhões em Espanha. A taxa efetiva do imposto sobre as sociedades ultrapassou novamente os 22%.
 
Além disso, em Espanha cerca de 7500 fornecedores faturaram à Inditex mais de 5 mil milhões de euros em 2018. Desta forma, o volume de negócios global para a Inditex de fornecedores espanhóis nos últimos cinco anos ascende a mais de 23 mil milhões de euros.

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