As ações da Puma caíram 3,5% na terça-feira após o grupo de luxo francês Kering comunicar ter concluído a venda de uma participação de 5,9% na empresa alemã de sportswear por aproximadamente 656 milhões de euros (772 milhões de dólares).

Nos últimos anos, a Kering tem se concentrado cada vez mais nas suas marcas de luxo de margem elevada, como Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, tendo distribuído 70% das suas ações da Puma pelos seus acionistas em 2018.
 
Após ter sido comprada pela Kering por 5,3 mil milhões de euros em 2007, a Puma enfrentou dificuldades, mas passou por um renascimento nos últimos anos, ajudada por patrocínios de equipas de futebol importantes e parcerias com celebridades como Rihanna e Selena Gomez.

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A venda reduz a participação da Kering na Puma dos 15,7% anteriores para 9,8%. A Kering, que anunciou o seu plano de vender a participação na segunda-feira, indicou que a transação correspondeu a um preço de venda de 74,50 euros por ação.
 
As ações da Puma caíram 3,1% para 75,7 euros às 07h28 GMT.

Em julho, a Puma reportou que as vendas do segundo trimestre caíram 30,7% com ajuste de moeda, para 831 milhões de euros, e o lucro antes de juros e impostos caiu para 114,8 milhões de euros, com o confinamento devido ao novo coronavírus a levar ao encerramento da maioria das lojas desportivas a nível mundial.
 
No entanto, as vendas recuperaram à medida que as lojas reabriram e a pandemia incentivou mais pessoas a começarem a praticar exercício. A rival Nike apresentou resultados melhores do que o esperado em setembro e reportou uma forte previsão de vendas.

Os resultados da Nike ajudaram as ações da Puma a voltarem a níveis vistos pela última vez antes da chegada do coronavírus, em março.
 
A maior acionista da Puma continua a ser a Artemis, a holding da família Pinault, que fundou e controla a Kering, que tem uma participação de pouco menos de 29%.