Portugal Textil
16 de jan. de 2018
Adalberto para além dos estampados
Portugal Textil
16 de jan. de 2018
Sê a mudança que queres ver no mundo, dizia Gandhi e diz também a Adalberto, não só aos seus colaboradores e clientes, mas ao mundo. Um leitmotiv que ilustra a sua atual estratégia de rebranding para se reposicionar no mercado com todas as suas valências.

Antecipando-se aos desafios futuros, a Adalberto Estampados, fundada em 1969, foi rebatizada em 2017 e, doravante, será apresentada apenas como “Adalberto”, com novo logotipo, nova imagem e um renovado foco. O rebranding, assinado pelo estúdio de design portuense 327 Creative Studio, foi oficialmente apresentado na Première Vision Paris, no passado mês de setembro.
«Estamos a redesenhar a imagem corporativa da organização, porque nós, enquanto estratégia de negócio futura, estamos a fazer umas mudanças bastante profundas, pretendemos que o mercado não nos veja meramente como estampadores», revelou, ao Jornal Têxtil (edição novembro 2017), Paulo Renato Ferreira, CSO da Adalberto, sobre o rebatismo da empresa, que começa de dentro para fora.
Ainda que o core business da empresa seja a tinturaria e estamparia, a Adalberto está preparada para oferecer um serviço mais alargado ao mercado e, por isso, deu um passo em frente.
«Obrigou-nos a reestruturar mesmo a nossa imagem, porque o próprio nome levava as pessoas a pensar só em estamparia, o que não é verdade. Hoje estamos preparados para dar um serviço muito mais completo e, até, o full-package – em alguns projetos conseguimos ir até ao nível da peça confecionada», explicou Paulo Renato Ferreira, citando uma «viragem» em termos de aproximação ao mercado e na forma como a empresa comunica.
Ainda que a apresentação oficial da Adalberto tenha acontecido em Paris, o levantar do véu tinha já começado algumas semanas antes, na Munich Fabric Start, considerando a aposta da empresa por terras germânicas.
«Estamos com bons parceiros no mercado alemão, um agente bastante bom com quem temos parceria para abordar o mercado», afirmou o CSO da Adalberto.
Em paralelo com o rebranding, a empresa delineou também um ambicioso plano a três anos, que passa por triplicar o volume de negócio e apontar as baterias ao mercado americano. «Queremos quase triplicar o volume de negócios até 2020, atingindo os 70 a 80 milhões de euros», anunciou Paulo Renato Ferreira, ressalvando que «como a reestruturação é grande, o impacto não é imediato».
O reposicionamento da Adalberto e as ambiciosas metas fixadas obrigam, também, à conquista de mercado. «Vamos concentrar-nos no mercado europeu e numa grande abordagem ao mercado americano», indicou o CSO, referindo já dois «grandes clientes» na área de moda, por venda a metro, nos EUA.
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