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Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
21 de mai. de 2021
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7 Minutos
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Adam Brown: fundador da Orlebar Brown fala sobre empreendedorismo com Chanel

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
21 de mai. de 2021

Poucas marcas britânicas desfrutaram de um crescimento tão explosivo nos últimos anos, como a Orlebar Brown fundada pelo fotógrafo Adam Brown em 2007 – o qual, após identificar uma lacuna no mercado de roupas de banho masculinas inteligentes, se especializou em shorts de natação para homem.


O fotógrafo britânico Adam Brown, fundador da Orlebar Brown em 2007 - DR


Adam Brown, o estilista atípico fundador da marca, trabalhou em instituições de caridade para crianças e mesmo em prisões, antes de encontrar o seu nicho no ramo do vestuário. Brown teve a ideia da marca enquanto viajava. Ao reparar no quão bem vestidos se apresentavam tantos homens, mesmo nos seus tempos livres.
 
A utilização de tecidos técnicos e imagens perfuradas ganhou imediatamente um seguimento, de tal forma que apenas uma década depois de fundar a Orlebar Brown conseguiu vendê-la ao grande grupo Chanel, mantendo-se na empresa até hoje como diretor criativo.

Um empreendedor de espírito aberto, que o site FashionNetwork.com abordou nesta entrevista exclusiva onde revelamos as grandes novidades de Brown, aquando da sua participação na série de webcasts #ThoseWhoDare da Vodafone, sobre como lançar com sucesso o próprio negócio. 

Adam Brown partilha assim os seus melhores conselhos sobre a utilização de dados para compreender os clientes e minimizar os custos empresariais na conferência virtual #ThoseWhoDare da Vodafone de quinta-feira (20 de maio). Como parte da sua ambição de apoiar as PME (pequenas e médias empresas), o evento, que terá a duração de uma semana, contará com as notas-chave de mais de 30 empresários dinâmicos, que mudam o jogo. Pode registar a sua participação aqui.
 
FashionNetwork.com: Como é que entrou na moda?
Adam Brown: F
oi puramente por acaso quando tinha 40 anos. Trabalhava em voluntariado, em prisões de HIV e em instituições de caridade para crianças. Depois tornei-me fotógrafo ainda aos 40 e um fotógrafo terrível. Na verdade, procurava algo para fazer e tive a ideia de criar a Orlebar Brown, em torno de uma peça de roupa; ou seja, em torno de calções de banho à medida. Assim, tudo aconteceu por causa de uma ideia em particular do que por um desejo desesperado de estar na moda. Penso que não sou um estilista: eu enquadro-me muito mais na categoria de curador do que na de criador.
 
FNW: Qual foi o mais difícil ou mais excitante na criação da sua própria marca?
AB:
 Primeiro foi obviamente ver o produto a ser usado numa praia em Ibiza, pela primeira vez. A partir desse momento, nada mais conta. Outro foi o facto de conceber apenas um produto e, depois, este se tornar numa marca. Para que os valores e o ADN que provêm desse produto original continuem então a formar este tipo de marca viva, que respira e que se vê ganhar vida. Vê-la a tornar-se uma espécie de personagem; vê-la ter personalidades; vê-la falar de uma certa forma; tem sido para mim e, definitivamente, o que mais orgulho me dá. Sabe que a realização não é apenas um par de calções, mas é algo que está imbuído de uma espécie de ADN e valores e carácter e personalidade e risos e canções e gritos. Isso tem sido o mais excitante.

O que é mais difícil? Nunca existiu "algo mais duro" neste processo. Suponho que não é diferente de qualquer outro negócio no arranque; o dinheiro foi sempre uma preocupação; sempre a pensar em como se vai gerir o fluxo de caixa. Mas existem situações difíceis, à medida que começamos a ir para outros territórios: para a América, para a América do Sul e para o Extremo Oriente. Como é que se faz?


Look da Orlebar Brown inspirado nos Trópicos - Foto: Orlebar Brown


FNW: Como é que estar no grupo Chanel mudou a sua abordagem de trabalho?
AB:
Não mudou. A Orlebar Brown continua a ser a Orlebar Brown. Temos a alegria de estar no grupo Chanel e apenas saber que os proprietários têm os seus valores e aspirações comuns para a marca. Quer se trate de qualidade, quer se trate de confiança, quer se trate do tipo de envolvimento emocional com a marca por parte dos clientes. Na nossa abordagem de trabalho continuamos a fazer o que sempre nos propusemos fazer. Temos apoio, quer se trate de aconselhamento no retalho, ou de aconselhamento jurídico, ou apenas de uma espécie de aconselhamento em relatórios. Saber que o grupo Chanel está lá (o que não tínhamos antes) tem sido incrivelmente útil.
 
FNW: Têm existido sinergias com a prima da Chanel, ERES?
AB:
Sim, absolutamente. Sabe, somos claramente a versão masculina da ERES. Quer seja olhando para locais de venda a retalho, observando a ERES, e onde e como podemos ajudar-nos mutuamente onde temos lojas?! Existem claramente sinergias: queremos chegar às mesmas pessoas, queremos ir aos mesmos lugares, existimos no mesmo ambiente, e dialogamos uns com os outros muito regularmente. Há sinergias crescentes com a ERES.
 
FNW: Como é que o Brexit mudou as vossas práticas de trabalho, uma vez que fabricam em Portugal?
AB:
É uma complicação contínua. Penso que provavelmente caímos no campo onde o Brexit tem sido tão difícil de gerir como o COVID-19. Está em curso, não o vemos, mais ou menos está a separar-se a si próprio. Penso que vai levar muitos meses até que sintamos que está resolvido. O nosso fabrico é em Portugal. Portanto, obviamente, tal como muitas outras marcas, estamos a analisar a forma como trazer os nossos produtos para o país. "Deixamos o fabrico ou instalamos armazéns noutro lugar? Estamos a criar entrepostos na Europa. Claramente, estamos a pensar em como levar o produto aos clientes; queremos manter isso tão simples quanto possível. Mas não há uma forma fácil de dizer. Como com qualquer outra marca, esta tem sido uma complicação adicional e tornou as coisas este ano ainda mais difíceis.
 
FNW: Qual é o volume de negócios anual da Orlebar Brown?
AB:
Este ano andaremos perto dos 30 a 32 milhões (libras esterlinas).


Look em ganga de diferentes tonalidades da Orlebar Brown - Foto: Orlebar Brown


FNW: Onde quer que a marca esteja dentro de cinco anos?
AB:
Cinco anos nem sequer se fazem sentir. Dentro de cinco anos, eu espero que estejamos a fazer praticamente o mesmo tipo de coisas que estamos a fazer agora. Mas, de uma forma maior, há muitos mais lugares de férias onde podemos estar. Ainda não começámos realmente a apostar na América do Sul, ainda não começámos a trabalhar bem o Extremo Oriente. Não começámos a lançar muitas outras categorias de produtos novos, quer sejam acessórios de viagem, bagagem, calçado, roupa exterior; e espero que encontremos os nossos clientes da forma que estes querem que realmente nós os encontremos. Penso que se pode sentir essa dinâmica de mudança. Dos clientes, marcas e empresas que esperam que os clientes se adaptem à forma como querem que os clientes façam as suas compras, para nos adaptarmos realmente à forma como os clientes querem fazer as suas compras. E espero que, daqui a cinco anos, quando tivermos essa operação incrivelmente montada, os clientes descubram que estamos a encontrá-los onde estes se querem encontrar e da forma como estes querem ser encontrados, prestando os serviços que desejam, bem como criando o produto que já estamos a entregar. Muito obrigado.
 
FNW: O que espera que os jovens empresários possam aprender com a sua experiência?
AB:
Espero que os empresários pensem que a experiência não precisa de ser assim tão difícil. E eu penso manter as coisas simples. Por isso, comecei com um par de calções de banho em quatro comprimentos. Tive um só produto durante três anos – não é preciso complicar demasiado. A ideia é encontrar esse produto heroico, quer esse produto seja um serviço ou um item, e trabalhá-lo muito bem, em vez de fazer um monte de coisas de uma forma mediana. Mantenha o negócio pequeno. Não sinta a pressão de caminhar muito depressa. Estas são algumas das coisas primordiais que aprendi no caminho e que penso serem mensagens bastante padronizadas em toda a linha, e que podem ser úteis.
 
FNW: Porque decidiu participar no evento #ThoseWhoDare Vodafone?
AB:
Realmente, contam uma multiplicidade de razões, mas penso que é bom à medida que saímos da pandemia. Gosto muito da ideia de pensar corajosamente para ajudar outros negócios a crescerem. Se existem lições e aprendizagens que tive ao longo dos últimos anos sobre como contar histórias e sobre os desafios de como nos conectarmos com os clientes, os desafios que as empresas enfrentam, então sinto-me privilegiado e estou encantado por poder ajudar.
 

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