Novello Dariella
26 de out. de 2020
Adidas vai vender a Reebok em março
Novello Dariella
26 de out. de 2020
Enquanto o mundo continua a lidar com as consequências da pandemia, o setor da moda e indústrias relacionadas avança também com medidas importantes para recuperar. Com base num artigo da German Manager Magazin, a Adidas está a planear vender a sua divisão Reebok.

Talvez a notícia não seja tão surpreendente, uma vez que a unidade não tem obtido um bom desempenho já há algum tempo e tem prejudicado a operação da marca Adidas, de maior sucesso. Os investidores têm vindo a pressionar a Adidas para esta se desvincular da Reebok e as ações da empresa-mãe subiram após a notícia da referida revista alemã.
No artigo, a German Manager Magazin afirma que a Adidas quer que a venda seja assinada, lacrada e entregue até março de 2021. Nem a Adidas nem a Reebok comentaram o assunto e a revista não divulgou onde obteve as informações, nem o valor atribuído à marca. Apesar disso, segundo a mesma publicação, a Adidas reduziu pela metade o valor contábil da Reebok, para 842 milhões de euros, nos últimos dois anos.
De propriedade alemã, mas com sede nos EUA, a Reebok foi fundada no Reino Unido na década de 50 pelos netos de Joseph William Foster, que criou alguns modelos das primeiras sapatilhas de atletismo com pregos, em 1890.
A Reebok permaneceu uma empresa britânica até que o seu licenciado americano, sob o comando de Paul Fireman, a comprou na década de 80. A Adidas adquiriu a marca em 2005.
A Adidas pagou cerca de 3,2 bilhões de euros pela Reebok há 15 anos, mas a marca acabou por não se revelar a história de sucesso norte-americana que se esperava e, no trimestre mais recente (2T), as suas vendas caíram 44% devido à exposição ao fraco mercado americano. O prejuízo que a Adidas sofreu no referido trimestre incluiu a deterioração das lojas de retalho e da marca registada da Reebok.
Portanto, se a Adidas não quer a Reebok, quem irá querer? A revista alemã sugere a empresa norte-americana VF Corp e a chinesa Anta Sports como possíveis licitantes. Mas, assim como a própria Adidas, nenhuma delas fez comentários a esse respeito.
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