EFE
Helena OSORIO
16 de set. de 2020
Adolfo Domínguez perde 8,1 milhões no primeiro trimestre fiscal e reduz vendas em 67%
EFE
Helena OSORIO
16 de set. de 2020
A empresa de moda Adolfo Domínguez registou perdas de 8,1 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal, correspondentes ao período de março a maio, agravando assim o resultado negativo de 1,4 milhões de euros, no mesmo período do ano passado – tal como foi reportado, quarta-feira (16 de setembro), pela empresa que atribuiu os números aos efeitos da pandemia de COVID-19.

Prejudicada pela crise que obrigou a que até 92% das lojas permanecessem temporariamente fechadas, durante o referido período, a Adolfo Domínguez perdeu mais 478% do que um ano antes.
O encerramento de lojas levou a uma queda nas vendas de 67,3%, para 6,7 milhões, e a um lucro bruto de exploração (EBITDA) negativo de 4,6 milhões, contra 1,1 milhões em positivo de um ano antes, de acordo com as contas apresentadas à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).
O volume de negócios caiu em todos os mercados em que a empresa opera. No entanto, a Adolfo Domínguez salientou que em Espanha perdeu 35% das suas vendas acumuladas entre janeiro e maio, em comparação com a queda média de 45% para o setor como um todo (de acordo com dados da Acotex).

Vendas online aumentaram 52,3% e são agora a principal fonte de rendimento
Perante a queda das lojas físicas, as vendas através da Internet aumentaram 52,3% e posicionaram-se como a principal força de rendimento da empresa galega durante o confinamento.
Numa declaração, a Adolfo Domínguez afirmou que para resolver esta situação adoptou medidas extraordinárias, incluindo a redução em mais de 34% dos seus custos operacionais, a implementação de dossiês de regulamentação do emprego temporário ou a obtenção de financiamento extraordinário.
"Até à data, já reativámos 88% da nossa rede comercial (336 dos 381 pontos de venda). A reabertura permite-nos recuperar as vendas, mas o nível de consumo está longe de ser normal. Em agosto, por exemplo, as vendas estavam 25% abaixo do normal", adiantou o CEO da Adolfo Domínguez, Antonio Puente.

A evolução do consumo marcará o ritmo neste ano anómalo, no qual a inovação, a digitalização e a existência de uma rede de vendas optimizada e flexível serão as alavancas que nos farão avançar, acrescentou o executivo.
Neste contexto, a empresa, cujas vendas na Internet cresceram 158%, nos últimos três anos, lançará no final deste mês uma nova loja virtual que permitirá personalizar a experiência dos seus clientes online com base nas compras na Europa, no México e nos EUA.
O novo website será acompanhado por um serviço, até agora pioneiro de uma marca de moda na Europa, que consiste em selecionar e enviar roupas para casa dos clientes, com base num projecto de inteligência artificial assistido pelos estilistas da empresa.
Este é o projecto ADN que permite aos clientes experimentarem em casa e devolverem ou comprarem as peças de vestuário e acessórios selecionados pela plataforma e pelo comprador pessoal de cada cliente.
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