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Helena OSORIO
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12 de abr. de 2023
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Alibaba apresenta a sua tecnologia IA generativa

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Reuters
Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
12 de abr. de 2023

A Alibaba apresentou, na terça-feira (11 de abril), o seu modelo generativo de IA (Inteligência Artificial) – uma tecnologia que permite o desenvolvimento de ferramentas, como o assistente virtual inteligente ChatGPT – e disse que proximamente seria integrado em todas as aplicações da empresa.


AAlibaba apresenta a sua tecnologia IA generativa - Reuters


A apresentação, que se seguiu ao lançamento de uma série de novos produtos de IA pela empresa chinesa SenseTime, foi rapidamente seguida pela publicação pelo governo chinês de projetos de regras que se descrevem como os serviços generativos de IA devem ser geridos.

Numa demonstração filmada, o modelo de IA da Alibaba, denominado Tongyi Qianwen, escreveu cartas de convite, planeou itinerários de viagem e aconselhou os compradores sobre o tipo de maquilhagem a comprar.

O Tongyi Qianwen – o grande modelo de linguagem que será incorporado em alto-falantes inteligentes Tmall Genie e no local de trabalho – será primeiro integrado na DingTalk, a aplicação de mensagens de negócios da Alibaba, que pode ser utilizada para resumir notas de reuniões, escrever E-mails e propostas de negócios. Também será acrescentada ao Tmall Genie, o assistente de voz da Alibaba.

A tecnologia "trará grandes mudanças ao nosso trabalho e à nossa forma de viver", disse o diretor executivo Daniel Zhang num evento transmitido em direto.

Modelos de IA como o Tongyi Qianwen são "o exemplo que tornará a IA mais popular no futuro", acrescentou.

A unidade de nuvem do gigante chinês planeia abrir o Tongyi Qianwen aos clientes para que estes possam começar a inscrever-se já na sexta-feira (14) e criar os seus próprios modelos personalizados.

Entretanto, a administração do Ciberespaço da China, encarregada de produzir projectos de regras sobre IA, afirmou na terça-feira (11) que o país apoia a inovação e a popularização da tecnologia, mas que o conteúdo gerado deve aderir aos "valores socialistas fundamentais", bem como às leis sobre segurança de dados e proteção de informações pessoais.

As regras propostas por Pequim, que estão abertas a comentários públicos até 10 de maio, chegam à medida que os governos de todo o mundo se debatem com a melhor forma de regular a tecnologia generativa de IA, o que tem levantado muitas preocupações sobre as suas implicações éticas e impacto na segurança nacional, emprego e educação.

No mês passado, Itália proibiu o ChatGPT, um robot de conversação alimentado por IA desenvolvido pela empresa OpenAI.

Numa carta aberta, um grupo de peritos no sector da IA apelou a uma pausa de seis meses no desenvolvimento de sistemas de IA generativos mais poderosos do que o GPT-4, a última versão do ChatGPT, citando os riscos potenciais para a sociedade e humanidade.


(Reportagem de Josh Horwitz em Xangai e Josh Ye em Hong Kong; versão francesa por Nathan Vifflin, editada por Blandine Hénault)
 

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