Alibaba supera previsões de receita trimestrais graças a crescimento do comércio eletrónico

O chinês Alibaba Group Holding Ltd superou as previsões de Wall Street para a receita do terceiro trimestre, beneficiando consideravelmente da mudança de tendência em direção ao comércio eletrónico desencadeada pela pandemia de Covid-19.

Os resultados são divulgados num momento em que a China toma medidas drásticas contra o imenso império de negócios criado pelo seu fundador, Jack Ma, forçando a suspensão de uma entrada em bolsa do Ant Group, subsidiária financeira da Alibaba, no valor de 37 mil milhões de dólares (30,79 mil milhões de euros).
 
Após uma ausência de três meses, Ma fez a sua primeira aparição pública em janeiro, o que ajudou a dissipar as preocupações dos investidores e a impulsionar as ações da Alibaba.

As vendas pós-coronavírus da Alibaba no Dia dos Solteiros, o maior evento de compras online do mundo, que se celebra em novembro e supera as vendas em dias como Black Friday ou Cyber Monday, totalizaram 74 mil milhões de dólares (61,58 mil milhões de euros).
 
A receita do setor do comércio aumentou 38%, alcançando um recorde de 195,54 mil milhões de yuans no trimestre, impulsionada pelos marketplaces de retalho da empresa na China, à medida que a economia recuperava da crise de Covid-19.
 
A receita aumentou 37% para 221,08 mil milhões de yuans (28,48 mil milhões de euros/34,24 mil milhões de dólares) no trimestre encerrado a 31 de dezembro, superando as previsões dos analistas, que situavam este resultado em 214,38 mil milhões de yuans, segundo dados IBES da Refinitiv.

O lucro líquido atribuível aos acionistas ordinários foi de 79,43 mil milhões de yuans, ou 28,85 yuans por ação depositária americana, em comparação com 52,31 mil milhões de yuans, ou 19,55 yuans por ação depositária americana, no ano anterior.