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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
26 de jan. de 2018
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5 Minutos
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Alta Costura: Todos os caminhos da moda vão dar a Paris

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
26 de jan. de 2018

A alta costura de Paris é como as Nações Unidas da moda. Nenhuma outra semana reúne ideias tão díspares, moda experimental e diversos talentos de nações distantes.


Elie Saab - primavera-verão 2018 - Alta Costura - Paris - © PixelFormula


Nenhuma das principais casas de alta costura de Paris é dirigida por um designer francês e, nesta temporada, dentro ou fora do calendário oficial, quase duas dezenas de países estiveram representados em Paris, com uma imensa variedade de moda. Uma temporada que foi marcada por uma obsessão pelo artesanato, uma variedade desconcertante de influências e, acima de tudo, um renascimento do estilo poético.
 
A temporada de quatro dias é também um íman para os profissionais da moda. Mais de 500 meios de comunicação pediram acreditação à Federation de la Haute Couture et de la Mode, o organismo que rege a moda francesa, numa semana repleta de eventos anexos. Estes começaram no domingo, um dia antes do início da temporada oficial de quatro dias de alta costura, com desfiles de pré-coleções de marcas lendárias como Hermès ou Miu Miu, e festas como o concerto privado de Rita Ora para a marca de perfumes Kilian, de que tanto se fala.

Uma semana repleta de ação, que incluiu a inauguração da exposição Azzedine Alaia Je Suis Couturier, retrospetiva do falecido génio da moda tunisino; a festa do perfume Si Passione organizada pela Armani e a L’Oréal no Palais de Tokyo, onde a atriz Olga Kurylenko, atualmente a filmar um filme francês, roubou as atenções; o lançamento de uma nova coleção eyewear pela Atelier Swarovski, com um jantar no Crillon; e ainda a De Beers, que recebeu dezenas de jornalistas especializados em joalharia no Caviar Kaspia.


A.F. Vandevorst - primavera-verão 2018 - Alta Costura - Paris


Hermès e Miu Miu apresentaram, respetivamente: uma pré-coleção de outono equestre, impecável, citadina, na sede da Hermès, no centro da cidade, transformada numa floresta para a ocasião; e uma coleção de outono audaz e intelectual por parte da Miu Miu.
 
Ninguém igualou a poesia da alta costura da Givenchy, marca fundada pelo aristocrata cavalheiresco Hubert de Givenchy, que testemunhou a estreia da britânica Clare Waight Keller. A sua visão sombria e romântica – quase monástica e até religiosa – destacou um dos pontos fortes de Paris: a absoluta beleza da arquitetura da cidade. O desfile aconteceu numa enorme mansão neoclássica, os Arquivos Nacionais, e foi iluminado por projetores exteriores. Já a Christian Dior, Valentino e Chanel organizaram todas espetáculos totalmente elegantes, colocando o foco no brilhantismo dos seus ateliers e cenógrafos. De uma encantadora réplica de um jardim de Versailles na Chanel – onde Rita Ora assistiu na primeira fila vestida com um micro macacão com capuz – ao cenário surrealista da Dior, onde a marca generosamente organizou um fabuloso baile noturno. A alta costura não para de nos surpreender.
 
“A alta costura está viva e de boa saúde, e vive em Paris”, diz Pascal Morand, diretor executivo da Federação. Na sua opinião, três elementos chave impulsionam o renascimento da alta costura.
 
“Nos nossos tempos, há tendências que vão além da moda.  Uma é a noção de savoir-faire, que é cada vez mais valorizada e reconhecida e procurada. As pessoas conseguem essa experiência sensorial na moda com a Alta Costura. Depois, há a ideia de personalização, que é um aspeto que muitas pessoas desejam. Finalmente, há a busca pela singularidade, e vemos isso na alta costura mais do que em qualquer outra área da moda. De facto, quanto mais a revolução digital torna tudo facilmente acessível, mais estes três fatores contrabalançam essa tendência. E é por isso que a alta costura é a encarnação absoluta de certos valores cruciais, é por isso que não é de todo algo do passado, representando sim os horizontes futuros da moda”, argumentou filosoficamente o executivo francês.

Não que a Federação tenha ignorado a internet. Na verdade, a conta da Paris Fahion Week no Instagram ganhou milhares de seguidores diariamente e irá atingir os 150 mil esta semanada, ajudada pela sua recente associação com a blogger nova-iorquina Tina Leung.
 
A temporada também representa uma oportunidade de ver couturiers que transmitem a sua mensagem em códigos super restritos. Por exemplo, o designer veneziano Giovanni Bedin, que apresentou apenas uma dúzia de looks no Musée des Arts Décoratifs. Cada look foi uma reinterpretação da Bretoniere, a camisola de marinheiro às riscas, ainda que desconstruída e reinventada, quase como bustiers usados como outerwear.
 
Dois dias depois, ao virar da esquina, no mais famoso templo protestante de França, a A.F. Vandervorst apresentou Joanas d’Arc em conjuntos surrealistas de camisas e casacos militares cor caqui transformados em blusas heroicas. O espetáculo celebrou o 20º aniversário da marca com 40 reinterpretações da sua roupa frequentemente conceptual. Ora extraordinários coletes feitos de selas recicladas, ora casacos feitos de cintos de caça de couro.
 
“Por que nos apresentamos na alta costura de Paris? Porque representa a Liberdade da Moda!”, exclamou o designer Filip Arickx,ao lado da sua esposa e parceira An Vandevorst.


Givenchy - primavera-verão 2018 - Alta Costura - Paris - © PixelFormula


Um país teve uma semana da alta costura particularmente bem-sucedida: o Líbano. O seu couturier mais famoso, Elie Saab, desvendou imagens poderosas, novamente inspiradas em Paris, mais precisamente no famoso período Paris Est Une Fête. O resultado: um espetáculo de plumas, vestidos e fantasia, onde o fantasma de Josephine Baker caminhou novamente em glória. Mais tarde, o seu compatriota Zuhair Murad apresentou o seu melhor desfile de sempre: uma coleção de alta costura com uma estética Comanche sexy e luxuosa, que lhe valeu uma imensa ovação.
 
O talento chegou vindo dos quatro cantos do mundo: Kim Ellery veio da Austrália com uma coleção elegante, apresentada ao largo do Sena, e a coreana e dinamarquesa Hyun Mi Nielsen recuperou materiais – conchas, sinos, sobras de denim, colchas vintage. Batizada Mensch, a sua coleção foi inspirada nos rag-pickers, que vendiam objetos velhos encontrados nas ruas, e cujo objetivo era “procurar a dignidade na sujidade”. Com sucesso.
 
“Muitos dos nossos designers mais talentosos emigraram para a alta costura pelo simples facto de o prêt-à-porter se ter tornado demasiado comercial. Na alta costura, eles desenvolvem um savoir-faire de alta costura, mais artesanal e criativo. Encontram liberdade criativa e muito mais visibilidade”, diz Kuki de Salvertes, cuja agência de relações públicas Totem geriu 11 casas independentes durante a semana, incluindo Hyun Mi Nielsen.
 
“Só em Paris é que encontramos talentos de todo o mundo que aqui vêm mostrar as suas ideias, savoir-faire e arte. Para mim, a alta costura representa a energia e a criatividade reivindicados pelos criadores das décadas de 1970 e 1980.”

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