Alta Costura mostra a sua vitalidade em Paris
Várias marcas apresentaram os seus desfiles na terça-feira (21) ao lado de grandes nomes, como Chanel, Armani e Givenchy, provando que a alta costura parisiense ainda está cheia de vitalidade. Julien Fournié, por exemplo, mostrou uma coleção para a primavera-verão 2020 centrada na figura do aventureiro, revisitando o casaco safari para um visual de exploradora ultra-chic.
O designer mostrou mulheres cheias de personalidade que se recusam a passar despercebidas, principalmente quando se movem. Na coleção: fatos retro feitos de lã super fina, vestidos de tule borbulhantes combinados com casaco python ou casaco masculino com ombros poderosos.
Para a noite, a silhueta mostrou-se alongada com caftans decorados com bordados, enquanto noutras peças os botões serviram de decoração. As cinturas foram marcadas com cintos com tassels pendurados, terminando em bouquets de franjas longas e coloridas. As franjas também apareceram nas mangas de um vestido, transformando-o num xale, e desceram ao longo dos braços e do corpo de uma roupa vermelha brilhante.
Na Alexandre Vauthier, tudo brilhou. Os fatos de banqueiros exibiram riscas brilhantes e os minivestidos foram decorados com lantejoulas. Além disso, este apresentou atacadores prateados e saias e calças sarouels douradas. Vários conjuntos apresentaram estampados de animais em material preto e branco bordado com lantejoulas.
Os drapeados cintilantes mostraram quadris ou ombros. Os vestidos vaporosos de babados alternaram com looks masculinos como smoking e laço, criando um ar festivo com um toque teatral, resumido nas longas penas negras que alguns modelos usaram nas suas cabeças.
Quanto a Stéphane Rolland, o costureiro francês apresentou vestidos longos e curvilíneos projetados para vestais de ficção científica, numa paleta dominada por branco brilhante. Colares e cós foram acentuados com diamantes, enquanto recortes se abriram no peito.
Os looks desfilaram na passarela majestosamente, com o pano de fundo da Torre Eiffel visível através das amplas janelas do Palais de Chaillot. Grandes pétalas de crepe de seda foram enroladas no busto de vestidos esculpidos, enquanto o costureiro também cortou as roupas dos pés à cintura, revelando as pernas das modelos até ao quadril.
A marca homónima de Ronald van der Kemp, RVDK, recebeu os seus convidados no Hôtel d'Avary, a residência do embaixador da Holanda, onde apresentou uma coleção misturando looks glamourosos com roupas para o quotidiano. Tudo, desde peles, fatos, capas e vestidos de corpete com laços grandes, a casacos longos, cascos e jeans, foi feito com materiais reciclados do stock da própria marca e de coleções anteriores.
O estilista holandês é um dos primeiros a adotar o upcycling na alta costura. "Não produzimos tecidos ou peles. Todo o material utilizado já existia e provém dos nossos antigos stocks de alta costura, coleções vintage, desperdícios de temporadas anteriores, jeans reciclados etc.”, disse numa nota referente ao desfile.
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