Reuters
Novello Dariella
11 de mar. de 2020
Apesar do novo coronavírus, a OTB mantém a meta de crescimento
Reuters
Novello Dariella
11 de mar. de 2020
O presidente do grupo italiano de moda, OTB, proprietário de marcas como Diesel, Maison Margiela e Marni, informou à Reuters, terça-feira (10), que irá atingir a meta de receitas para 2020, apesar da desaceleração provocada pela pandemia de COVID-19.
No entanto, Ubaldo Minelli concordou que as expectativas podem mudar em abril, após o final do primeiro trimestre do grupo. "Espero que não, mas não posso descartar isso", disse. Em seu plano para 2019-2021, a OTB (Only The Brave) tem como objectivo o crescimento médio anual da receita de 12% a 13%, à taxa de câmbio constante.
Recentemente, o grupo relatou um retorno ao crescimento das vendas e uma forte melhoria nos lucros para 2019. A receita à taxa de câmbio atual cresceu 6,4% no ano passado, para 1,53 biliões de euros (1,75 biliões de dólares), um aumento de cerca de 4,5% à taxa de câmbio constante. O lucro principal aumentou para 190 milhões de euros, ante 41,5 milhões de euros no ano anterior.
"Os resultados de 2019 foram além das nossas expectativas, porque incluíram a recuperação da Diesel", disse Minelli, referindo-se à principal marca do grupo, que pesou nos resultados de 2018. "Este ano também começou muito bem", informou, acrescentando que, no entanto, este registo se seguiu à pandemia de COVID-19, que se espalhou pela China, com Itália a torna-se rapidamente o país mais atingido da Europa.
Em 22 de fevereiro, um dia após os primeiros casos de COVID-19 terem sido registados no norte da Itália, a OTB montou uma unidade de crise para lidar com a situação. As tarefas incluem quantificar os impactos de receita e custo para o grupo e identificar ações para minimizá-los.
Minelli disse que, se a situação voltar ao normal a partir desta semana, o impacto geral para o grupo será insignificante. "Mas está claro que essa situação não irá acabar hoje, então vamos aguardar", concluiu.
Segundo Minelli, a OTB está a analisar possíveis oportunidades de aquisição. "Temos os meios para fazer isso, graças a cerca de 900 milhões de ações e ausência de dívida", disse, ressalvando que, no entanto, "não há nada programado hoje”.
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