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Traduzido por
Estela Ataíde
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15 de nov. de 2022
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Após um 2022 excecional, mercado de luxo deverá manter o rumo

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AFP
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
15 de nov. de 2022

Após um ano "espetacular", o setor do luxo e os seus 1,4 biliões de receitas em 2022 deverão continuar a crescer nos próximos anos, mas provavelmente a um ritmo mais lento, segundo um estudo da empresa de investimentos Bain.


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“O mercado mundial de artigos de luxo deu mais um salto em 2022”, com um aumento de 13% a taxas de câmbio constantes em relação a 2021, segundo o estudo publicado esta terça-feira e realizado em parceria com a Fundação Altagamma, que reúne os grandes nomes do luxo italiano. Um crescimento que beneficiou 95% das marcas de luxo.
 
O setor foi impulsionado pelo mercado americano, mas também pela Europa graças à recuperação do turismo e ao regresso dos clientes locais. O mercado chinês, por outro lado, continua em declínio, ainda marcado pela política anti-Covid.

O mercado do luxo “deverá conhecer uma nova expansão no próximo ano e para a próxima década até 2030, mesmo face à atual turbulência económica”, acrescenta o estudo.
 
"Ainda que os resultados de 2022 sejam espetaculares, é muito complicado fazer previsões para 2023, uma vez que há enormes fatores de incerteza", como os mercados da China e dos Estados Unidos, sublinha à AFP Joëlle de Montgolfier, diretora da divisão de luxo da Bain and Company.

No entanto, "mesmo com uma eventual recessão global no próximo ano, o impacto na indústria do luxo poderá ser diferente do da crise financeira mundial de 2008-2009", sublinha a análise, que estima que "o luxo parece agora mais bem equipado para lidar com turbulências económicas", nomeadamente com mais consumidores.
 
A análise da Bain-Altagamma apresenta dois cenários para 2023, com um crescimento das vendas no mercado do luxo entre 3 e 5% ou entre 6 e 8% (a taxas de câmbio constantes), dependendo do vigor da recuperação económica na China e a capacidade dos Estados Unidos e da Europa para resistir ao contexto económico menos dinâmico.
 
"Até 2030, permanecemos nesta perspetiva de crescimento relativamente sustentada de 5 a 7%. O que significa que o mercado global do luxo terá mais do que duplicado entre 2020 e 2030", sublinha Joëlle de Montgolfier.
 
"Em 2013, 2014, eram cerca de 330 milhões de clientes em todo o mundo. Hoje em dia, estima-se que este número seja de 400 milhões e que, em 2030, possa aumentar para 500 milhões", refere, lembrando que o mercado chinês representa atualmente 70 milhões milhões de clientes.

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