Arcadia próxima do colapso?
O grupo gigante de moda Arcadia está à beira do colapso, sendo alvo de opiniões como a de que poderia entrar em administração pública já na próxima semana. Isto colocaria em risco 15.000 postos de trabalho.
A empresa, proprietária da Topshop / Topman, Wallis, Burton, Miss Selfridge, Dorothy Perkins e Evans, reportou recentemente que está em conversações sobre um empréstimo de emergência de 30 milhões de libras esterlinas (1,11 milhões de euros), sem o qual o seu futuro é posto em dúvida.
Mas, o canal de televisão Sky News noticiou sexta-feira (27 de novembro) que as conversações sobre o empréstimo tinham terminado sem sucesso e que um colapso do negócio era inevitável como resultado disso. Contudo, a Arcadia não emitiu quaisquer comentários até agora.
O relatório também sugeriu que os administradores poderiam ser nomeados na segunda-feira (30), embora confirmasse que o plano ainda não tinha sido finalizado e que o cronograma poderia ser posterior a isso.
As lojas da empresa encontram-se atualmente fechadas numa grande parte do Reino Unido, devido ao bloqueio inglês e às restrições noutros países de origem. Mas, o grupo tem continuado a negociar online durante os lockdowns.
As marcas líderes no portfólio da Arcadia são a Topshop e Topman, que são avaliadas como valendo várias centenas de milhões de libras.
Estas e as suas outras marcas são vistas como razoavelmente atrativas. Mas é provável que os novos proprietários não queiram continuar a operar todas as suas lojas. Já há vários anos que a empresa tem vindo a fechar filiais e muitos mais espaços poderão ter de fechar sob uma mudança de propriedade.
O relatório do Sky News sugeriu que entre os potenciais pretendentes a partes do negócio poderiam figurar o gigante online Boohoo Group. Isto aumentaria a perspetiva de encerramento de lojas em massa, uma vez que a Boohoo sempre foi muito clara quanto a não querer operar em lojas físicas e sempre encerrou as lojas de qualquer uma das marcas que adquiriu.
Os analistas já levantaram a perspetiva de algumas marcas da Arcadia se tornarem apenas online no novo mundo retalhista que são obrigadas a enfrentar.
O relatório sugeriu ainda que é improvável que Sir Philip Green, que atualmente controla a Arcadia, queira comprar de volta qualquer uma das marcas e continuar a operá-las. Com uma longa carreira no comércio retalhista, da qual fez fortuna, comprou o grupo High Street em 2002 por £850 milhões (950,40 milhões de euros) e viu-se logo bem sucedido. Mas os últimos anos têm sido uma espécie de dor de cabeça para Sir Philip Green.
Desde a reação ao colapso das BHS (British Home Stores), a escândalos, críticas de deputados, imprensa negativa e tentativa de manter a Arcadia a flutuar, gerir uma grande operação de retalho não tem sido particularmente agradável em períodos recentes.
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