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EFE
Traduzido por
Novello Dariella
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7 de jun. de 2019
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Argentina e Brasil negociam a criação de uma moeda comum

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EFE
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
7 de jun. de 2019

Argentina e Brasil estão negociando para criar uma moeda única para ambos os países e um banco central supranacional para conduzir a política monetária comum, fontes oficiais argentinas confirmaram na quinta-feira (6) à Efe.


Jair Bolsonaro, presidente brasileiro, e Mauricio Macri, presidente argentino. - EFE


A iniciativa, da qual se sabe poucos detalhes, é apresentada como um projeto de "muito longo prazo", e foi revelada no dia em que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, fez sua primeira visita de Estado à Argentina. Bolsonaro se reuniu com o presidente argentino Mauricio Macri e empresários. Foi durante essa reunião que, segundo a mídia argentina, Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, conversaram sobre a criação de uma espécie de "peso real" e um banco central supranacional.

“Trata-se de algo de muito longo prazo. A moeda comum pode ser um projeto de longo prazo, mas requer uma convergência macroeconômica prévia", disseram as fontes à Efe, que confirmaram que Guedes e o ministro das Finanças da Argentina, Nicolás Dujovne, estão avançando com as negociações e tratarão novamente do tema na próxima cúpula do G20 em Osaka (Japão) no final deste mês.

Tanto o peso argentino - que tem sido altamente volátil e desvalorizou mais de 50% no ano passado - quanto o real brasileiro são duas moedas de mercados emergentes que habitualmente sofrem com as oscilações da economia internacional e de ambos os países, especialmente a Argentina, com uma alta inflação. A ideia de adotar uma moeda comum já foi estudada em outras ocasiões, embora não tenha avançado.

Durante a quinta-feira, tanto Macri como Bolsonaro e outros membros de seus governos apostaram fortemente na necessidade de promover o Mercosul, um bloco que inclui Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. "O Mercosul exige que haja eficiência no intercâmbio entre os parceiros, mas também que seja uma plataforma de abertura e eficiência para o resto do mundo, como visto nas negociações estratégicas que estão perto de concluir, como com a União Européia", afirmou o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.

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