Armani fecha hotel e negócios comerciais de Milão durante o bloqueio de COVID-19
Giorgio Armani anunciou terça-feira à noite, o fecho temporário do seu hotel de luxo, dos restaurantes e de todas as boutiques em Milão, como reação à rápida propagação de COVID-19 em Itália.
As decisões remontam a 16 dias depois de Armani, de 85 anos, ter lançado à porta fechada a coleção de desfiles com a sua assinatura, domingo, 23 de fevereiro, durante o último dia de importantes desfiles da Semana de Moda de Milão.

"Devido ao recente desenvolvimento do surto de COVID-19 na região da Lombardia, e em continuidade com as medidas preventivas adoptadas até agora para salvaguardar a saúde dos empregados e clientes, o Grupo Armani anuncia o fecho temporário das boutiques, restaurantes e hotéis de Milão", inforrmou a casa numa declaração sucinta.
Não deu mais informações sobre o tempo de duração deste encerramento global de espaços. A mudança ocorreu menos de 24 horas depois de o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciar medidas drásticas para colocar Itália em isolamento total, enquanto tenta triunfar na batalha contra o novo coronavírus. A última contagem mostra que o vírus já aí ceifou 463 vidas e infectou 9.172 pessoas até agora.
Localizado no centro da Via Manzoni, a apenas 200 metros de La Scala, o Armani Hotel Milano, com 95 quartos, é um hotel de luxo de primeira categoria, onde os quartos custam um mínimo de 400 euros por noite. A sua decoração incide no estilo minimalista do designer, com um SPA no oitavo andar e vista para o horizonte da cidade, tendo por pano de fundo as lojas de flores e chocolate e a famosa casa nocturna Privé. Neste último local, deu-se a derradeira aparição pública de Armani, aquando do concerto da estrela de rock italiana Gianna Nannini, durante a Semana da Moda de Milão. Nos limites desta zona central da cidade, 100% dedicada a Armani, o estilista também reserva um restaurante com estrelas Michelin e a premiada edição italiana do Nobu. O Armani Hotel Milano é parcialmente propriedade da Emaar Properties, a promotora imobiliária da região do Golfo, com quem Giorgio Armani abriu o primeiro hotel no edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em 2010.

Armani é proprietário de mais de meia dúzia de lojas em Milão - incluindo aquelas com a sua coleção de assinaturas, como a Emporio Armani, Armani Casa e uma loja de acessórios. Além disso, o designer também fechará o espaço de exposição Armani Silos a sul de Milão, localizado em frente ao seu Armani Teatro, o local de exposição desenhado por Tadao Ando, localizado numa antiga fábrica de doces Nestlé.
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