Armani reabre rede global de lojas com novas medidas de segurança
Giorgio Armani reabriu cerca de 100 lojas da sua rede global de retalho, segunda-feira (18 de maio), com medidas adicionais de segurança e um novo sistema de agendamento de horário para visita. Além disso, o Armani Silos - o museu fashion de Giorgio Armani, em Milão - já foi reaberto.

O Grupo Armani informou que, as medidas anunciadas, fazem parte da 2.ª fase do desconfinamento e prometeu que a reabertura das lojas está "em total conformidade com os padrões estabelecidos pelas autoridades". Como parte dos esforços gerais para "garantir a máxima segurança para funcionários e clientes".
A Armani reabriu as flagships dos principais destinos da moda, como sejam em Hong Kong, Milão, Munique, Paris, Pequim e Sydney. Um total de quase 100 lojas Giorgio Armani e Emporio Armani serão, assim, gradualmente reabertas em todo o mundo.
O designer italiano também transformou o seu icónico outdoor, no centro de Milão, na Via Broletto, possivelmente o mais famoso da Itália, numa imagem que homenageia os profissionais de saúde italianos. Nela, um médico com asas de anjo segura Itália nos braços, um símbolo da luta contra o coronavírus COVID-19. Desenhado pelo artista Franco Rivolli, o cartaz transporta palavras de encorajamento do próprio Armani: "Para recomeçar com segurança, ainda precisamos dele". A imagem também está a ser divulgada nas redes sociais do grupo.
Por meados de maio, Giorgio Armani, de 85 anos, enviou uma carta aberta a jornais italianos, agradecendo a todos os profissionais de saúde do país pelo trabalho duro durante o pico da crise.
Armani também mudou a iluminação da fachada da Armani Ginza Tower, em Tóquio, transformando o motivo de bambu numa mistura gráfica de azul escuro Oxford com motivos azuis. No Japão, a cor azul é usada para expressar gratidão às pessoas que trabalham no sector médico, no caso que lutam contra a doença de COVID-19.
Em fevereiro, Armani cancelou o desfile que seria apresentado no último dia da temporada da moda feminina em Milão e realizou uma transmissão ao vivo à porta fechada. Um movimento que foi criticado por alguns sectores na época, por falta de comprometimento, mas que, por outro lado, parece ter sido extremamente visionário. Desde o início do confinamento, Armani está em quarentena próximo à costa da Toscana.
Como foi já informado, o designer não participará da nova temporada de desfiles masculinos que a Camera della Moda planeia organizar em meados de julho. Atualmente, Armani pretende organizar um desfile misto de moda feminina e masculina na segunda quinzena de setembro, em Milão, durante a próxima temporada de desfiles na capital da moda italiana.

Por ocasião da reabertura das lojas, o Grupo Armani também anunciou que 10% das vendas das coleções primavera-verão 2020 serão destinadas a instituições de caridade. "A produção de uniformes médicos descartáveis também continua e será transferida das fábricas de Trento, Carrè, Matelica e Settimo Torinese, que recomeçaram a trabalhar nas coleções de moda do grupo, às de subfornecedores em Itália e noutros países", acrescentou o grupo de moda.
Num comunicado à imprensa, o designer ressaltou que todas as reaberturas respeitarão "as disposições regulamentares de cada país, a fim de garantir a máxima proteção da saúde e segurança do público e da força de trabalho de uma equipa adequadamente capacitada".
O grupo também introduziu um novo serviço de agenda de horários, que pode ser feito online pelos clientes. O serviço foi já ativado mundialmente para as lojas Giorgio Armani e Emporio Armani e será implementado, a partir de 3 de junho, nas lojas A|X Armani Exchange.
Entretanto, o designer reabriu o icónico museu Armani Silos e o seu espaço de arte no sul de Milão, mais um passo no despertar cuidadoso após o bloqueio de dois meses.
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