Armazém das Malhas ganha novo espaço nas Avenidas Novas de Lisboa

O quase centenário Armazém das Malhas (desde 1941) abriu um novo espaço em Lisboa. Estamos a falar de um negócio familiar com 80 anos, que acabou de se instalar mesmo em frente ao Jardim do Arco do Cego, no número 5G da avenida João Crisóstomo, na zona do Saldanha (Avenidas Novas).

O Armazém das Malhas foi fundado por Durbalino Figueiredo, há quase um século, e já percorreu três gerações da família, sendo hoje gerido pelos netos, Tiago e Tomás Marques, de 33 e 30 anos respetivamente.

Em 1971, abriu loja no espaço de uma antiga retrosaria, no número 50A da rua do Forno do Tijolo, no bairro dos Anjos, onde se mantém com a grande maioria das características de origem. Recentemente, abriu nas Avenidas Novas um segundo espaço mais moderno e clean, na zona central de Lisboa.

A nova loja histórica conta com cerca de 50 metros quadrados, e comercializa as mesmas peças intemporais de vestuário e acessórios Handmade in Portugal, que se encontram nos Anjos e também na loja online.

O Armazém das Malhas só trabalha com fábricas de unidades de produção familiares, no máximo com 20 trabalhadores, tendo em conta a responsabilidade social, como assegurou Tiago Marques à NiT, que se formou em Gestão e Administração Pública: “não há exploração de mão de obra, as pessoas são pagas a tempo e horas”. Já o irmão mais novo formou-se numa área distinta deste negócio de família, Geografia.

Ambos se preocuparam em manter os fornecedores desde o tempo do avô, também colaborando com novos fabricantes, que lhes permitiram a inovação e experimentação de técnicas e matérias-primas novas. Atualmente, quatro das unidades com que trabalham utilizam recursos sustentáveis em termos energéticos, como painéis solares e reaproveitamento de águas.

“As nossas malhas são lavadas antes de serem vendidas e essa água é aproveitada de recursos naturais, da chuva ou de poços que existam próximos. A energia das máquinas provém, em grande parte, de painéis solares”, explicou melhor Tiago Marques, confirmando preocupações da marca, que promove "aquilo que se faz de bom em Portugal a nível têxtil, dentro das capacidades que temos".

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