Asos lança colecção solidária produzida na África

A moda pode ajudar no combate à pobreza? A gigante britânica do e-commerce de moda Asos está a entrar nessa luta com uma nova colecção solidária e reciclada produzida na África, mais precisamente no Quénia.

 
Pela segunda vez, a Asos trabalha em parceria com a ONG Soko Kenya, que fabrica roupas para grifes globais feitas por artesãos africanos, em uma nova colecção. A linha é inspirada no design da fauna e da flora africana utilizando principalmente chiffon e ganga.
 
Assim, os estampados com flores tropicais evocam as tradicionais cangas africanas. Elas ainda incorporam os desenhos feitos por crianças de escolas locais, transformados em estampados pela equipa de design Asos.

Peças em ganga, maxi e minivestidos estampados fluidos, vestidos com folhos, além da reciclagem das peças antigas do stock, renovadas por meio de bonitos 'patchworks' de chiffon, embelezam a coleção que faz parte da linha Eco Edity da Asos, focada na sustentabilidade.
 
A colecção 'Asos Made in Kenya' chega ao mercado este mês de março, com preços que variam de 5 euros, para acessórios de cabelo, a 90 euros para maxi vestidos e casacos.
 
Por outro lado, a parceria da britânica Asos com a Soko Kenya vem desde 2010, um trabalho em conjunto na produção da coleção Asos Africa. Em 2014, foi fundada a Soko Kenya Community Trust que, desde então, tem trabalhado em colaboração com Asos Foundation.

Seu objetivo é oferecer a homens e mulheres da comunidade de Kasigau, no Quénia, habilidades práticas e apoio necessários para melhorar as suas vidas, além de ajudá-los a sair da pobreza. A colaboração tem feito isso por meio da criação do Stitching Academy Kenya, que busca treinar as pessoas locais na fabricação de vestuário.
 
Dentro da academia, também se encontra o Stitching Academy Hub, oferecendo aos graduados equipamentos de baixo custo para que possam criar seus próprios negócios. 
 
A Soko Kenya é uma fabricante de vestuário queniana cuja oficina oferece treinamento e emprego justo e seguro para algumas das comunidades mais pobres no país. Nos últimos 6 anos, a empresa passou por crescimento que a levou de 4 para 50 funcionários.