Avon tem queda nas vendas e não atinge expectativas para o trimestre

A marca americana de beleza não atingiu os resultados esperados em termos de lucros e vendas para o terceiro trimestre, uma vez que enfrentou dificuldades para reter os seus revendedores em todos os mercados, especialmente no Brasil e na Rússia.

Os representantes ativos da empresa - que vendem cosméticos de porta a porta - diminuíram 5% no trimestre encerrado a 30 de setembro.  A receita total ficou estável em 1,42 mil milhões de dólares, incluindo uma reversão de impostos de 168 milhões de dólares no Brasil.

Excluindo o benefício, a receita caiu 11%, para 1,25 mil milhões de dólares, abaixo da estimativa média dos analistas de 1,32 mil milhões de dólares, segundo dados da Refinitiv. As vendas ajustadas no sul da América Latina, um dos seus maiores mercados, diminuíram 19%, devido a uma queda no número de representantes e a uma redução na quantidade de pedidos no Brasil.

"Embora ainda não estejamos satisfeitos com os resultados trimestrais gerais, estou animado com a velocidade com a qual as iniciativas estão a ser adotadas nos nossos mercados", declarou o CEO da empresa, Jan Zijderveld.

Excluindo itens únicos, a Avon registou um break-even 1 cêntimo abaixo da estimativa média dos analistas, de acordo com a Refinitiv. Graças à reversão de impostos no Brasil, o lucro líquido da Avon subiu para 114,5 milhões de dólares, ou 0,21 cêntimos por ação nos três meses encerrados a 30 de setembro, de 12,5 milhões de dólares, ou 1 cêntimo por ação um ano antes.