Por
Reuters API
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
18 de nov. de 2020
Tempo de leitura
2 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Bain prevê que vendas globais de bens de luxo registem a maior queda de sempre

Por
Reuters API
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
18 de nov. de 2020

As vendas globais de bens de luxo deverão cair 23%, para 217 mil milhões de euros este ano, a maior queda da sua história e a primeira desde 2009, devido às consequências da pandemia de coronavírus, avançou esta quarta-feira a consultora Bain.


Imagem: Louis Vuitton


A queda esperada, apesar da forte recuperação das vendas na China, encontra-se na extremidade inferior da faixa de 20% a 35% da previsão da indústria que a Bain prognosticou em maio.
 
Algo que se deve a uma recuperação maior do que o esperado durante o verão, quando as medidas de encerramento foram suspensas ou suavizadas em todo o mundo e as lojas que vendem carteiras, roupas, joias e relógios de luxo reabriram.

No entanto, o ressurgimento da pandemia na Europa e nos Estados Unidos desde outubro levou a mais restrições e encerramentos de lojas, enquanto a incerteza relacionada com as eleições nos Estados Unidos também pesou no sentimento dos consumidores.
 
O único ponto positivo é a China, onde as vendas aumentaram desde que a crise sanitária começou a surgir na primavera. As vendas na China continental cresceram 45% a taxas de câmbio atuais, atingindo 44 mil milhões de euros este ano.

“Temos um mundo a duas velocidades, com a Europa e os Estados Unidos fortemente afetados pela segunda onda e pela incerteza social e política, enquanto a China está a acelerar continuamente dia após dia”, assegurou Federica Levato, partner  na Bain.

As vendas do quarto trimestre deverão cair 10%, embora o declínio possa ser maior, dependendo de quanto os novos encerramentos afetem a crucial temporada de Natal.
 
As receitas da LVMH, proprietária da Louis Vuitton, da Hermès e da Prada deverão recuperar parcialmente em 2021, embora a Bain tenha sublinhado que irá demorar até ao final de 2022 ou mesmo 2023 para voltarem aos níveis de 2019.
 
A crise do coronavírus acelerou três tendências, de acordo com a Bain, com as compras online a quase duplicarem de 12% em 2019 para 23% em 2020, e o e-commerce tornar-se-á o principal canal de compras de luxo em 2025.
 
As restrições às viagens internacionais fizeram com que as pessoas comprassem mais nos seus países de origem, enquanto os compradores nascidos depois de 1981 representam agora quase 60% do total das compras.

© Thomson Reuters 2024 All rights reserved.