Bangladesh cria conselho de salário mínimo para trabalhadores de confeções

O governo de Bangladesh formou recentemente um conselho que procura rever os salários dos trabalhadores têxteis do país. Uma circular do Ministério do Trabalho e Emprego anunciou a nomeação dos representantes dos proprietários e trabalhadores do sector de confeções para o conselho.

Mohammad Siddiqur Rahman, ex-presidente da Associação de Fabricantes e Exportadores de Roupas de Bangladesh (BGMEA), e Sirajul Islam Rony, presidente da Liga Nacional de Empregados de Roupas de Bangladesh, foram nomeados representantes dos proprietários e trabalhadores, respetivamente, disse a circular.

O conselho salarial tem quatro membros permanentes, dirigidos pelo juiz distrital sénior Liaquat Ali Molla. Outros membros permanentes incluem o representante da Federação de Empregadores de Bangladesh, Moksud Belal Siddiqui, o representante dos trabalhadores e líder da Liga Jatiya Shramik, Sultan Ahmed, e o membro independente e professor da Universidade de Dhaka, Mohammad Kamal Uddin.

O salário mínimo foi revisto pela última vez em 2018, sendo fixado em 8.000 takas (cerca de 69 euros / 75,2 dólares) para um trabalhador iniciante, com 4.100 takas como remuneração base, 2.050 takas para arrendamento de moradia, 600 takas como auxílio médico, 350 takas como auxílio transporte e 900 takas como auxílio de alimentação.

Há uma procura agora por 23.000 takas como salário mínimo, com 65% de pagamento básico, de acordo com relatos da comunicação social de Bangladesh. E os sindicatos também exigem um aumento de 65% no salário básico da 7.ª série, no nível mais baixo da estrutura salarial dos trabalhadores do vestuário, pois afirmam que o governo anunciou salários mínimos para os trabalhadores têxteis quatro vezes desde 2006, mas infelizmente o salário-base diminuiu todas essas vezes mercê do aumento dos subsídios.