Boohoo compra marcas de moda em dificuldades
Enquanto a crise do coronavírus COVID-19 se revela devastadora para algumas empresas da moda, outras como a Boohoo estão a prosperar e o gigante do retalho online vê oportunidades de aquisição à medida que algumas marcas lutam para sobreviver.
Na sequência do lançamento de um conjunto de resultados, nesta semana, a empresa afirmou que poderá comprar marcas em dificuldades. A empresa já tem um historial de aquisições, como a Nasty Gal e a Karen Millen/ Coast.

Houve mesmo especulações de que a Boohoo poderia adquirir as cadeias Oasis e Warehouse que entraram em colapso de administração, em abril, e que faziam parte da mesma empresa que a Karen Millen e a Coast. No entanto, não comentou quaisquer intenções nesse sentido.
O balanço da empresa é saudável, registando cerca de 241 milhões de libras esterlinas em dinheiro, no final do ano.
O diretor financeiro, Neil Catto, disse que a prioridade da empresa, neste momento, tem sido promover o bem-estar das suas equipas e a capacidade de lidar com a crise. Mas, acrescentou que o balanço é forte e tem a capacidade de olhar para as oportunidades "de ajudar outras marcas durante a crise". O executivo espera "muitas oportunidades", nas próximas semanas, e mencionou que a empresa vai manter-se atenta.
A co-fundadora Carol Kane informou, também, que com o confinamento, os clientes têm comprado mais artigos desportivos. As camisolas com capuz, joggers e loungewear estão a vender bem. Kane sublinhou que a empresa tem prazos de entrega curtos, o que a ajudou a mudar o foco para categorias a pedido. Confessou, também, que o tecido que poderia ter entrado numa peça de vestuário foi mudado para outra. Essencialmente, o que poderia ter sido transformado num vestido de bodycon pode agora ir para as coordenadas de loungewear.
Esta facilidade de adaptação a mudanças e criatividade face às dificuldades, está porventura na base do sucesso da Boohoo.
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