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Helena OSORIO
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13 de abr. de 2020
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Brunello Cucinelli: Contas do primeiro trimestre de 2020

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
13 de abr. de 2020

O golpe do coronavírus COVID-19, lena a Brunello Cucinelli a abrir o ano com um ligeiro abrandamento das receitas, devido aos resultados negativos da China e Itália.

A China e Itália pesam, assim, nos primeiros três meses de lucros da marca com 156,7 milhões (-2,3%), prevendo um saldo positivo no período estimado de dois anos (2021-2022). Contudo, a Brunello Cucinelli é forçada a rever os seus objectivos para 2020 na pendência de uma conta mais pesada no segundo trimestre.


Brunello Cucinelli resiste à crise de COVID-19, graças ao canal grossista - brunellocucinelli.com


As vendas líquidas da marca Umbrian foram de 156,7 milhões de euros (-2,3%) no primeiro trimestre de 2020. As vendas caíram 27,1% no País do Dragão e 13,9% no mercado interno. A Europa desceu 2,2%. Um sinal positivo, ao contrário do que aconteceu na América do Norte (+9,5%) e no resto do mundo (+6,6%).
 
Durante os três meses, as receitas a taxas de câmbio constantes diminuíram 2,9%, em comparação com 160,4 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019. O mercado grossista multimarca (+1,8%) e o grossista monobloco (+0,4%) retiveram os números, enquanto o retalhista perdeu 7,2%.

A tendência negativa é um sintoma de uma crise "cíclica", diferente daquela de 2008, "um ano crítico que foi antes estrutural, onde se tornou difícil ter uma visão de futuro", explica o presidente e CEO, Brunello Cucinelli, principal executivo e criativo da sua marca homónima de luxo italiano made in Italy.

O impacto nas contas será mais pesado no segundo trimestre, para a empresa que se vê obrigada a rever os objectivos económicos para 2020.
 
A Maison está agora ocupada com a gestão da sua carteira de encomendas grossistas, na estação de outono-inverno 2020. "Talvez tenhamos de esperar mais dois ou três meses para ter uma visão do ano inteiro", especifica o empresário italiano de Castel Rigone (região da Umbria), sublinhando "a forte credibilidade dos nossos parceiros e, esperemos, dos nossos colaboradores internos".
 
Para o biénio 2021-2022, "vamos imaginar retomar um crescimento equilibrado e sustentável da nossa empresa e do mundo inteiro", continua Cucinelli.
 
A empresa baseia-se em fundamentos sólidos. Desde a flexibilidade da estrutura produtiva, 75% da qual está localizada na Umbria e é composta por 364 oficinas de artesãos, empregando um total de cerca de 5.000 pessoas, até à solidez da relação com fornecedores e faccionistas (trabalho terceirizado) e ao baixo nível de endividamento.
 
Para fazer face à emergência de COVID-19, a casa do Solomeo revogou a proposta de distribuição de dividendos sobre os lucros de 2019. A decisão é adiada para o último trimestre do ano, "no caso de um reequilíbrio do contexto económico global e com perspectivas de negócio positivas para 2021", conclui o CEO. O Conselho de Administração deliberou ainda remarcar a Assembleia Geral Ordinária e extraordinária, agendada para 23 de abril, para 21 de maio.
 

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