Brunello Cucinelli visa receita de mil milhões de euros e lança linha júnior

Por

Elena Passeri

Traduzido por
Novello Dariella

Publicado em
15 de mar. de 2019

Em 2018, a marca italiana de luxo Brunello Cucinelli completou 40 anos de historia e registou um aumento nas vendas e na rentabilidade, com uma receita de 533 milhões de euros. Na divulgação dos seus resultados, a marca também anunciou o lançamento da sua primeira linha júnior para meninos e meninas dos 4 aos 14 anos, prevista para o segundo semestre de 2019. Contactada pela FashionNetwork.com, a Brunello Cucinelli disse que esta primeira coleção júnior será apenas uma antevisão e que a coleção completa será lançada na primavera-verão de 2020.

A marca registou excelentes resultados em 2018, com um aumento de 8,8% no EBITDA, para 95,1 milhões de euros, e uma melhoria nas margens de 17% para 17,2%, além de um aumento de 9,4% no lucro líquido para 46 milhões de euros. O dividendo proposto pelo Conselho de Administração foi de 0,30 euros por ação.
 
O grupo de luxo disse que incluindo os benefícios fiscais derivados do “Patent Box" (um regime fiscal do governo italiano que favorece as empresas que investem na sua própria propriedade intelectual e industrial) - cerca de 5 milhões euros em 2018 - o lucro líquido foi de 51 milhões de euros. A dívida financeira da marca também melhorou em 2018 para 14,5 milhões de euros, ligeiramente abaixo dos 15,7 milhões de euros registados em 2017.

A receita da Brunello Cucinelli cresceu também em termos like-for-like (+3,5% em relação a 2017), uma vez que o sell-out da marca foi excelente e o seu mix de preços teve um impacto positivo, “permitindo que o aumento dos custos operacionais fosse absorvido [+7,8% para 270,2 milhões de euros] decorrentes das novas iniciativas da marca, e os investimentos de comunicação destinados a aumentar a sua exclusividade, tanto no retalho físico quanto online”, afirmou Brunello Cucinelli em comunicado.

Desde a sua entrada na Bolsa em 2012, a Brunello Cucinelli duplicou a sua receita, ultrapassando o teto simbólico dos 500 milhões de euros em 2017.

Nos próximos 10 anos, a empresa nascida na pequena aldeia Solomeo, na província de Perugia, pretende atingir um volume de negócios de mil milhões de euros.