Brunello Cucinelli: Um par de co-CEOs apoia o fundador na gestão da empresa

Brunello Cucinelli, após comunicar, o ano passado, a intenção de se afastar do papel de CEO da marca de vestuário e acessórios de alta gama para homem, mulher e criança, que fundou em 1978, ratificou a renovação dos órgãos sociais na assembleia de acionistas que aprovou as demonstrações financeiras de 2019. Ao empresário umbriano, juntar-se-ão agora dois co-CEOs.

Durante a reunião, o recém-eleito conselho de administração de 12 membros conferiu ao presidente executivo, Brunello Cucinelli, poderes nas áreas de estilo, criatividade e comunicação, confirmando o seu papel de director criativo; e nomeou Luca Lisandroni e Riccardo Stefanelli, como novos managing directors e CEOs da marca, conferindo-lhes poderes para a área de mercados. A Riccardo Stefanelli foram, também, conferidos poderes para a área de produtos e operações.

"É com grande emoção e esperança que olho para o futuro da humanidade e da nossa indústria", disse o próprio Brunello Cucinelli, numa declaração. "Imagino que estes dois jovens, na casa dos 40 anos, homens de grande valor profissional e apaixonados pelos grandes conceitos universais da verdade, beleza e humanidade, possam liderar a empresa, durante muito tempo, como um exemplo de cuidado para as gerações futuras".

Riccardo Stefanelli é o marido da filha mais velha da empresária, Camilla Cucinelli, e tem 14 anos de experiência dentro da empresa, enquanto Luca Lisandroni veio da Luxottica para a empresa há quatro anos.

O novo conselho de administração é composto por Brunello Cucinelli - que é também o presidente -, Riccardo Stefanelli, Luca Lisandroni, Camilla Cucinelli, Carolina Cucinelli, Giovanna Manfredi, Stefano Domenicali (independente), Annachiara Svelto (independente), Andrea Pontremoli (independente), Ramin Arani (independente), Maria Cecilia La Manna (independente), retirada da lista apresentada pelo acionista maioritário Fedone Srl, a empresa da qual Brunello Cucinelli é presidente e CEO, que detém 51% do capital social da marca, por sua vez detida pela Spafid Trust Srl como fiduciária no seio do Brunello Cucinelli Trust, criado em 2014. A última a integrar o conselho de administração é Emanuela Bonadiman (independente) retirada da lista apresentada por um grupo de empresas de gestão de ativos e investidores institucionais.

Durante a reunião foram apresentadas as demonstrações financeiras consolidadas da Brunello Cucinelli SpA. em 2019. O fecho com receitas líquidas de 607,8 milhões de euros, mais 9,9% que em 2018, e um resultado líquido normalizado de 49,3 milhões de euros, mais 7,1% que em 2018, foi confirmado. Por último, a assembleia geral deliberou afectar o lucro do exercício de mais de 57,2 milhões de euros à reserva de lucros.

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