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Novello Dariella
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14 de dez. de 2018
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Bulgari foca-se na China, um mercado crescente e sofisticado

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Ansa
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
14 de dez. de 2018

A China "é um mercado crescente e sofisticado: apresentar as coleções noutros lugares e não aqui é impensável". O número um da Bulgari, Jean-Christophe Babin, não tem dúvidas sobre a prioridade que o país exerce nas estratégias do grupo, impulsionada pelo fator demográfico e um PIB que cresce a uma taxa de 6-7% por ano. É igual em volume ao Japão, mas torna-se o primeiro absoluto em escala global se Hong Kong for incluído na formação da chamada Grande China, observa Babin que, em entrevista à ANSA, explicou como nos últimos anos os chineses mudaram a forma de comprar.


Jean-Christophe Babin - Facebook/Bulgari


"Comprar no estrangeiro", observa ele, "já não funciona como antes, porque a diferença entre os preços na China e os preços no estrangeiro não é tão alta. Talvez pela taxa de câmbio ou o poder de compra, que também aumentou graças às políticas fiscais do governo, ou à perceção da autenticidade da marca no mercado local, ficou mais favorável e fácil a compra em casa". Por outras palavras, "mais conhecimento das marcas, mais confiança na autenticidade e demanda por serviços da mais alta qualidade. A apresentação das novidades deve ser feita na China e em Roma ao mesmo tempo”.

O crescimento de dois dígitos da Bulgari este ano e é um "valor que se deve às joias", que tiveram uma demanda ainda mais alta na China, assegura Babin, graças ao clima “da alma italiana em termos de luxo, sofisticação dos materiais e serviços". Algo que também oferece o hotel Bulgari em Pequim, localizado no rio Liangma, na parte superior do quadrilátero das embaixadas de Sanlitun.

Esta foi a atmosfera escolhida para a apresentação ao público chinês de Fiorever, a nova coleção de joias que é um tributo aos temas recorrentes da marca: estátuas, pinturas e artefatos da antiga Roma. Inspirada nesses temas, mas com a novidade dos diamantes no lugar das pedras coloridas convencionais que caracterizam a produção da marca histórica "totalmente italiana", de acordo com Babin. "Uma escolha consciente, seja a flor 'romana', um símbolo, ou o diamante e a prevalência do 'branco' para complementar uma oferta que visa ampliar os motivos florais que fazemos" e atingir mais clientes, não apenas os de alta renda.

As inaugurações de hotéis, por outro lado, continuam de acordo com o planeado. Depois de Pequim, Xangai e Dubai, o sétimo será inaugurado em 2020 em Paris (“as obras estão em estágio avançado"), e depois será a vez de Moscovo, em 2021, e Tóquio, em 2022. Ao final do projeto serão "15, talvez 18, mas nunca 50". O objetivo é manter a exclusividade do serviço. "No máximo", assegura Babin, "podemos aumentar para pouco mais de mil quartos em todo o planeta”.

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