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Estela Ataíde
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22 de jan. de 2020
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Burberry aumenta previsões apesar das perturbações em Hong Kong

Por
AFP
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
22 de jan. de 2020

O grupo de luxo britânico Burberry registou um ligeiro aumento nas suas vendas no terceiro trimestre (encerrado em dezembro) e elevou a sua previsão para o ano, apesar das perturbações em Hong Kong, graças à uma boa receção das coleções do seu criador Riccardo Tisci.


Burberry - primavera-verão 2020 - Moda Feminina - Londres - © PixelFormula


Num comunicado divulgado na quarta-feira, a emblemática marca revelou um aumento de 3% nas vendas em relação ao ano anterior, para 719 milhões de libras, com as coleções de Riccardo Tisci a permitirem um aumento dos preços no trimestre, encerrado no final de dezembro.
 
"Continuamos a observar uma boa resposta dos consumidores às novas coleções de Riccardo Tisci, com um crescimento de dois dígitos ao longo do ano", comentou o diretor-geral Marco Gobbetti.

Regresso ao crescimento anunciado para o exercício 2019/2020


 
"Agora, prevemos um crescimento de um dígito nas nossas receitas anuais a taxas de câmbio constantes, em comparação com as previsões anteriores focadas na estabilidade", afirma o grupo no seu comunicado.

Este antecipa uma margem operacional ajustada estável a taxas de câmbio constantes "apesar do impacto dos distúrbios em Hong Kong", onde as manifestações maciças contra as autoridades duram há meses, por vezes intercaladas com violência.
 
O criador italiano, ex-Givenchy, assumiu o cargo em março de 2018, sucedendo a Christopher Bailey, com a missão de dar uma nova vida à casa fundada em 1856. As suas primeiras coleções foram especialmente marcadas por um estilo mais street wear e menos clássico do que no passado.
 
No primeiro semestre, o grupo registou um aumento de 14% no seu lucro, graças a um aumento nas vendas, mas também a reduções de custos.

"2020 será o segundo ano do nosso plano para transformar a Burberry", acrescenta o líder do grupo, que este pretende relançar concentrando-se na gama mais alta e numa oferta alargada, focando-se na Ásia e no mercado chinês em particular. Nesse sentido, o grupo irá organizar um desfile em Xangai em abril. Este está também a construir a sua primeira "loja social" - um conceito que combina produtos tradicionais e redes sociais do qual ainda não deu detalhes - em parceria com a gigante tecnológica chinesa Tencent, que deverá ser inaugurada em Shenzhen no primeiro semestre de 2021.
 
"Ainda que nos mantenhamos cientes do ambiente macroeconómico incerto, continuamos confiantes na nossa estratégia", conclui Marco Gobbetti.

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