A cadeia têxtil britânica Burberry registou um lucro líquido atribuído de 490 milhões de libras (563 milhões de euros) no conjunto do seu exercício, encerrado em março, o que corresponde a um aumento de 23,7% face aos lucros registados no ano anterior, impulsionado pela recuperação da atividade na China nos primeiros meses de 2023.

A faturação da empresa aumentou 9,5% em termos anuais, para 3,094 mil milhões de libras (3,558 mil milhões de euros). Por segmentos de negócio, a divisão de vendas a retalho cresceu 10%, para 2,50 mil milhões de libras (2,876 mil milhões de euros), enquanto as receitas da distribuição grossista aumentaram 6%, para 543 milhões de libras (624 milhões de euros).
 
Por áreas geográficas, as receitas da Burberry no conjunto do exercício cresceram 2% na Ásia Pacífico e 27% na região EMEIA (Europa, Médio Oriente, Índia e África), enquanto nas Américas as receitas caíram 3% este ano.

As vendas em lojas comparáveis na China continental caíram 11% no ano, pressionadas por interrupções significativas na atividade no primeiro e terceiro trimestres, caindo 35% e 23%, respetivamente, apenas parcialmente compensadas no segundo trimestre do ano, julho a setembro de 2022, com uma queda de 1%, enquanto entre janeiro e março de 2023 se observou uma recuperação de 13% da faturação comparável na China.
 
Jonathan Akeroyd, CEO da Burberry, declarou: "Alcançámos um sólido desempenho financeiro, apoiado por um bom progresso nas nossas principais categorias, com uma aceleração na receita no quarto trimestre à medida que o crescimento recuperou na China."