358
Fashion Jobs
PANDORA
Regional Sales Manager
Efetivo · LISBOA
SHOWROOM GROUP
Country Marketing And Development Manager Portugal - H/F
Efetivo · LISBOA
LA REDOUTE
Engineering Manager
Efetivo · LEIRIA
LEFTIES
Comercial | Lefties | Portimão
Efetivo · PORTIMÃO
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Norteshopping
Efetivo · MATOSINHOS
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Santa Catarina
Efetivo · PORTO
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Parque Nascente
Efetivo · GONDOMAR
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Viana do Castelo
Efetivo · VIANA DO CASTELO
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Madeira
Efetivo · FUNCHAL
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Mar Shopping Matosinhos
Efetivo · MATOSINHOS
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Braga
Efetivo · BRAGA
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Leiria
Efetivo · LEIRIA
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Albufeira
Efetivo · ALBUFEIRA
ZARA
Visual Merchandiser/Comercial | Zara | Mar Shopping Loulé
Efetivo · LOULÉ
CONFIDENCIAL
Area Manager (Lisboa)
Efetivo · LISBOA
PANDORA
Regional Sales Manager
Efetivo · LISBOA
ADIDAS
Sap Ibp (Supply) Consultant (M/F/D)
Efetivo · PORTO
PANDORA
Regional Sales Manager
Efetivo · LISBOA
SALSA
Operador Receção Logística | Lavandaria Salsa
Efetivo · VILA NOVA DE FAMALICÃO
SALSA
Accounts Payable Controller - Gestão Eficiente Das Contas a Pagar
Efetivo · VILA NOVA DE FAMALICÃO
FOOT LOCKER
Sub Gerente da Loja
Efetivo · COIMBRA
ADIDAS
Technology Consultant Sap Ibp
Efetivo · PORTO
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
13 de jul. de 2018
Tempo de leitura
6 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

CEO Jean Cassegrain fala sobre construção da Longchamp como uma verdadeira marca de moda

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
13 de jul. de 2018

O grande objetivo das marcas de acessórios nas últimas duas décadas tem sido transformá-las em marcas de moda completas. É este também o objetivo de Jean Cassegrain, CEO da Longchamp e neto do fundador, conforme o próprio indicou à FashionNetwork. Cassegrain vai realizar um desfile oficial da marca francesa em Nova Iorque, no dia 8 de setembro.


Jean Cassegrain


Mas, para cada Prada ou Gucci, existe uma Tod's, Hogan ou Kate Spade, que lançaram coleções de moda decentes, mas que tiveram pouco sucesso. Muitas tentaram, mas nem todas conseguiram, embora a Longchamp pareça habilmente preparada para passar para o próximo nível. A marca francesa não é certamente a primeira especializada em artigos de couro a querer tornar-se uma marca de moda, por isso, como explicar a confiança de Jean Cassegrain?
 
"No passado, moda e artigos de couro eram negócios muito diferentes: agora é apenas uma grande indústria, e obviamente algumas das marcas que agora são líderes em moda começaram a trabalhar com couro: Hermès, Gucci, Prada, enquanto outras começaram com moda: Chanel, YSL, Dior, e hoje têm sucesso com os seus acessórios. Não existe uma fronteira”, explicou Jean Cassegrain durante uma entrevista por telefone na manhã de sexta-feira (13).

Este ano tem sido movimentado para a Longchamp nos Estados Unidos: a marca parisiense abriu uma loja na Fifth Avenue, apresentou uma coleção criada pelo designer nova-iorquino Shayne Oliver e Kendall Jenner foi nomeada a nova embaixadora da marca. Neste outono, abrirá uma nova loja da Longchamp, desta vez em Beverly Hills. Mas, os holofotes continuarão focados no seu primeiro desfile em Manhattan.

"No passado, a carteira era um objeto funcional, e hoje é uma afirmação de moda real, por isso é vital que façamos uma proposta real forte e simbólica para estar numa semana da moda", explica. "Obviamente, existem riscos, mas a vida é assim, e também é arriscado não tentar. Noto que muitas marcas tradicionais de artigos de couro, francesas, americanas ou italianas, que não fizeram essa transição, hoje enfrentam dificuldades. Antes, bastava vender carteiras bem feitas, sóbrias e funcionais, hoje já não funciona assim!", diz o CEO.
 
"É preciso criar emoção, não é apenas uma questão de necessidade, mas também de sedução, e a moda traz isso. É claro que há o risco de críticas negativas e vendas fracas, mas confiamos na nossa capacidade e estamos no ramo da moda há 10 anos, então tivemos tempo para fazer alguns cálculos. Mas, permanecer como um especialista em bagagem não é suficiente. É um risco ainda maior."
 
A Longchamp adotou um método bastante singular. Nos últimos dez anos, a marca organizou apresentações privadas das suas coleções, criadas pela irmã de Jean Cassegrain, Sophie Delafontaine, apenas para compradores e amigos. Um pequeno número de jornalistas foi gradualmente admitido, resultando em críticas positivas, mas restritas.


Longchamp prêt-à-porter outono-inverno 2018


“É verdade que criamos o prêt-à-porter de forma discreta, e no campo de artigos de couro sabemos tudo sobre a cadeia de abastecimento e produção, mas para a moda, demora tempo a para criar um círculo de fornecedores de qualidade. E também precisávamos de lojas maiores, e definir com precisão a nossa identidade estilística. Hoje estamos prontos para apresentar um verdadeiro desfile de moda. Um desfile é um momento mediático importante, e a melhor maneira de explorar a nossa coleção", conclui. É também o 70º aniversário da Longchamp, fundada pelos avós de Jean, Jean e Renée, em 1948. “Por isso, um desfile de moda é um belo símbolo de uma nova porta que se abre".
 
"De qualquer forma, gostamos de criar uma surpresa. A Longchamp em Nova Iorque é algo inesperado e atrai atenção. Em Paris seria mais natural", diz. Três dias após o desfile, vai organizar uma festa no Palais Garnier, em Paris. "Um símbolo admirável da criação e património artístico, o que nos corresponde bem. Além disso, a primeira loja dos meus pais ficava a apenas 500 metros, no Boulevard Poissonnière”.

Paralelamente aos seus planos para o prêt-à-porter, a Longchamp está a trabalhar ativamente na sua imagem. Durante muitos anos, foi uma marca de médio porte, a sua carteira mais famosa, a Pliage, foi copiada muitas vezes. Mas, a marca francesa conseguiu melhorar a sua imagem através de uma série de colaborações artísticas.
 
No início dos anos 1970, a Longchamp colaborou com o artista parisiense Serge Mendjisky "numa pequena série de produtos que ainda fazem parte dos nossos arquivos, quando ninguém fazia colaborações artísticas". Desde então, a marca desenvolveu carteiras com um grande número de personalidades e artistas, de Tracey Emin a Kate Moss, de Charles Anastase a Jeremy Scott.

"Jeremy é uma personagem única, com ideias atraentes e inteligentes a cada temporada, e a bolsa Pliage é como uma página em branco na qual artistas, designers e até músicos se podem expressar livremente", diz Jean Cassegrain, referindo-se a Michel Gaubert, criador da arquitetura sonora de todos os desfiles de Karl Lagerfeld e que criou capas de iPod e bolsas de DJ em colaboração com a Longchamp.
 
"Não se trata de marketing ou de uma estratégia calculada, mas de querer fazer algo criativo e divertido. Muitas vezes um encontro casual leva à colaboração", diz. Jean Cassegrain é um executivo disciplinado, que gosta de esquiar em Courchevel no seu tempo livre, e cujo bigode espetacular lembra o de Alfred de Musset. Começou a trabalhar para a Longchamp em 1991, depois de vários anos na Andersen Consulting, um serviço militar, e um trabalho na French Trade Commission em Nova Iorque.
 
Ainda inteiramente controlada pela família Cassegrain, a Longchamp não divulga os seus resultados financeiros, mas estima-se que as suas vendas excedam os 600 milhões de euros. As vendas online representavam menos de 5% das vendas, mas os esforços da Longchamp nos Estados Unidos estão a começar a dar resultado: as receitas de vendas online passaram a exceder 10% do total.

Um caso de sucesso francês exemplar, a Longchamp é também uma grande empregadora: mais de 3 mil pessoas trabalham para a marca em termos mundiais, a maioria nas suas seis fábricas espalhadas por Angers e Vale do Loire. Uma sétima fábrica irá abrir no mês de agosto em Vendée, resultado de um grande investimento. A produção é dividida entre França e outras fábricas na Tunísia e Ilhas Maurícias, onde a empresa está presente há mais de 30 anos, e fabricantes parceiros na Roménia, Marrocos e China. "Fabricamos uma parte de cada uma das nossas categorias de produtos em todas as nossas fábricas, gostamos de espaços multifuncionais. Não é uma questão de fazer produtos baratos no exterior e produtos mais caros em França!"

A Longchamp tem cerca de 300 lojas em 20 países, está presente em grandes armazéns e duty-free, e em 1.500 pontos de venda adicionais. As suas roupas já estão distribuídas em 40 lojas da Longchamp, mas agora resta ver se a sua coleção fará sucesso entre os compradores das lojas americanas e internacionais depois do desfile. Historicamente, esse é o termómetro que separa as marcas de acessórios que se tornaram grandes players de moda das demais.
 
Aguardamos o desfile...

Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.