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EFE
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Novello Dariella
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23 de set. de 2020
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CEO da Natura & Co passa a integrar o Conselho do Pacto Global da ONU

Por
EFE
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
23 de set. de 2020

Roberto Marques, presidente e CEO da holding de beleza Natura & Co, passou a integrar, na segunda-feira (21 de setembro), o Conselho de Administração do Pacto Global das Nações Unidas. Em entrevista à EFE, defendeu o multilateralismo para permitir um "avanço na sociedade após a pandemia".


A marca Natura é neutra em carbono, há mais de uma década - Natura


Roberto Marques, que comanda o quarto maior grupo de beleza do mundo, passa a ser o único latino-americano a integrar a referida iniciativa de sustentabilidade corporativa "seguindo os passos" do cofundador da Natura, Guilherme Leal, que também fez parte do grupo de líderes, escolhido pelo Secretário-Geral da ONU, o engenheiro e político português António Guterres.

O executivo encontra-se a participar na Semana do Clima, que está a decorrer em Nova Iorque desde o dia 21 e até 27 de setembro, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas, para debater questões climáticas emergenciais.  

A Natura & Co foi convidada a liderar duas das campanhas do Pacto Global para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU sobre emergência climática e igualdade de género, desenvolvidos com o apoio de redes locais e regionais.

"Não acredito que haja um plano B para o mundo, porque no final de contas não podemos administrar um negócio num planeta morto. Existe o plano A e, o plano A, é combinar o desenvolvimento sustentável (com o crescimento dos negócios) e garantir que tenhamos emissões líquidas de carbono zero", informou ainda Roberto Marques. 


Natura & Co, eque é formada pela Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, preocupa-se com temas como a proteção da Amazónia - Instagram @naturanetbrasil


“A Natura é neutra em carbono, há mais de uma década, mas agora queremos dar um passo além e ter emissões líquidas zero”, acrescentou.

Em junho, o grupo anunciou um plano de sustentabilidade com prazo até 2030, para tratar de temas como a proteção da Amazónia, defesa dos direitos humanos e inclusão de grupos sub-representados no seu negócio, bem como "circularidade" e regeneração de produtos.

Marques insistiu na importância da união da sociedade civil, das ONGs, da ciência e do setor privado e, quando questionado sobre a parte que corresponde aos governos, em especial o brasileiro, endossou  os apelos da ONU para continuar uma abordagem multilateral.

“O convite é para que as pessoas trabalhem juntas, sigam a abordagem multilateral. Uma abordagem unilateral de qualquer player não será suficiente para desenvolver as respostas e soluções que o mundo precisa, desesperadamente, neste momento”, frisou.

Entre as práticas de negócios sustentáveis ​​que estão a ser desenvolvidas pela Natura & Co, e que é formada pela Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, o executivo explicou que foram preservados 1,8 milhões de hectares de floresta amazónica, trabalhando com 33 comunidades para que a riqueza fosse redistribuída, e usando ​​38 ingredientes ecológicos, números que planeia expandir nos próximos anos.
 

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