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Novello Dariella
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17 de jun. de 2022
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CEO da Natura deixa cargo devido a reorganização

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Reuters
Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
17 de jun. de 2022

A empresa de cosméticos brasileira, Natura & Co, anunciou na quarta-feira (15 de junho) que o seu presidente e CEO, Roberto Marques, deixará a gestão devido a uma reorganização da empresa. Fabio Barbosa, membro do conselho de administração da companhia, irá substitui-lo.


Roberto Marques permanecerá como membro do conselho para ajudar na sucessão, mas planeia reformar-se no final de 2022 - Reuters


A Natura, que pretende simplificar a sua estrutura, também dispensará o seu responsável pelo crescimento sustentável e o seu diretor de transformação. As ações da empresa subiram 7,8% após o anúncio, tornando-se a maior alta do índice Bovespa, que subiu 1,2%.

Está na "hora de evoluir", disse o líder das marcas Natura, Avon, Aesop e The Body Shop, com planos de aumentar a responsabilidade pelas suas unidades de negócios após anos de expansão alimentados por aquisições de alto nível.

Fabio Barbosa disse que a principal prioridade da Natura com a mudança não é reduzir custos, embora o tenha chamado de "absolutamente importante", mas sim tornar as suas organizações mais ágeis. O executivo foi CEO do Santander Brasil de 2008 a 2011, e também dirigiu o Banco Real durante mais de uma década, além do Grupo Abril entre 2011 e 2015.

Marques continuará como membro do conselho de administração para ajudar na sucessão, mas planeia reformar-se no final de 2022.

Analistas do JPMorgan disseram que a medida pode dar às unidades de negócios da Natura maior autonomia para executar os seus planos e atingir as metas da empresa. "Também estamos focados na receita... sabemos que temos de melhorar as margens, aumentar a receita e continuar atentos aos custos", disseram numa teleconferência.

"No contexto de um ambiente operacional difícil e visibilidade limitada das tendências de crescimento e lucro, acreditamos que o mercado provavelmente receberá as mudanças", complementaram.

A Natura registou um prejuízo líquido maior do que o esperado devido a custos crescentes e vendas fracas no primeiro trimestre, atrasando algumas metas financeiras, incluindo lucro líquido, num ano.
 

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