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Publicado em
16 de mar. de 2020
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7 Minutos
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COVID-19: Sector de calçado é o primeiro a ser afectado em Portugal

Publicado em
16 de mar. de 2020

Foi em Lousada que surgiu o primeiro caso de COVID-19 em Portugal que, aliás, já teve alta após o internamento no Hospital de São João no Porto. Depois de ter estado numa feira de calçado em Milão, em fevereiro, o empresário foi hospitalizado com sintomas de gripe, como dores de garganta, de cabeça e torácicas. Esta é outra novidade porque, até aqui, um dos sintomas indicadores da doença era sempre a febre a mais de 38 graus, o que não aconteceu no caso. Aliás, em caso de febre, consta que nem se deve administrar iboprofeno (Brufen ou Spidifen) que agrava a infecção e, sim, paracetamol (Ben-u-ron). Mas, há também quem desminta e arrisque.
 
Por sua vez, com ligações a Felgueiras (um dos três polos de produção de calçado em Portugal, sector que cresceu desde os anos 80 do século XX e se internacionalizou), o homem de 50 anos esteve em dois almoços de família com cerca de 20 pessoas e contagiou vários elementos. Um só doente começou por gerar um foco inicial de 11 casos (200 em vigilância).
 
Dois universitários infectados, com ligação à fábrica de Lousada onde se encontrava o maior foco, ocasionaram o fecho da Faculdade de Farmácia e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, ambos da Universidade do Porto, do edifício do curso de História da Universidade do Minho em Braga e da Escola Básica e Secundária de Idães em Felgueiras.

Nos casos de Lousada, estão alguns familiares do primeiro infectado (também primeiro recuperado), que estiveram internados e vão agora acabar a sua recuperação em casa. 

Segunda-feira (16 de março), Lisboa registou o primeiro doente que não resistiu à infecção de COVID-19, com mais de 80 anos, falecendo no hospital de Santa Maria.


Fly London, coleção SS20, modelo Rune - Facebook

 
Escusado será dizer que é crítica a situação do sector de calçado, sendo que as empresas fecharam voluntariamente e sem o apoio do Estado que descurou a pandemia numa primeira fase. Em Lousada como em Felgueiras (e como agora em todo o território português), os serviços estão fechados e as ruas cada vez mais desertas. Os industriais e negociantes vivem um dia de cada vez.
 
No passado fim-de-semana, houve mais dois casos de recuperação: a jovem de 17 anos de Santa Maria da Feira, também com dores torácicas e vómitos – contagiada por colegas que foram passar o Carnaval a Itália, acompanhados por professores, e cuja direção da Escola Secundária de Santa Maria da Feira descurou o alerta do pai, não encerrando de imediato o estabelecimento de ensino e colocando em perigo os alunos, pessoal docente e não docente; o terceiro recuperado é um homem de 60 anos, de Matosinhos, entre os casos ligados às Correntes d’Escritas 2020, na Póvoa de Varzim, cujo primeiro alerta partiu do escritor chileno Luís Sepúlveda que veio de Itália infectado e está agora internado nas Astúrias (Espanha) onde vive com a mulher.

Mas, com quase 200 casos de infectados confirmados, Portugal entrou numa fase de crescimento exponencial da pandemia e, se as medidas implementadas não forem cumpridas, o sistema nacional de saúde entra em colapso. “Estamos na curva ascendente, mas poderá subir a um ritmo mais lento se nos comportarmos”, alertou a ministra da saúde, Marta Temido de Almeida, adiantando que o pico da crise pode ser em maio.
 

História do grupo ACO Shoes contada em livro - ACO Shoes

 
Sector de calçado ameaçado com COVID-19
 
A cidade de Felgueiras é apelidada de capital do calçado, contando o município com 20 freguesias onde existem várias centenas de empresas do sector.
 
Entre aquelas que são consideradas as 14 maiores empresas de calçado em Portugal, seis estão sediadas em Felgueiras (Carité, Codizo, JEFAR, J.Sampaio & Irmão, Mário Cunha & Filhos, Pedouro) e uma em Lousada (Abreu & Abreu), ficando a última localidade a 17 quilómetros da primeira. Ainda mais perto de Felgueiras, a 14 quilómetros, fica Caldas de Vizela (Vizela, Braga) também com uma das maiores fábricas portuguesas de calçado (Alberto Sousa Lda).
 
Segue-se Guimarães, a 24 quilómetros de Felgueiras, com três unidades fabris (Campeão Português, Fortunato Frederico, ICC); Famalicão, a 46 quilómetros, com uma (ACO); e, por fim, já mais distantes, Santa Maria da Feira (Factorum Pele), a 82 quilómetros; e São João da Madeira (Tatuaggi) a 91 quilómetros.
 
Todas estas empresas contam com mais de 100 trabalhadores, distinguindo-se quatro com várias centenas.
 
No grupo ACO, sediado em Famalicão, com três fábricas, integram-se a ICCO, em Cabo Verde, e a Ecco Conforto, em Ponte de Lima, somando 810 trabalhadores. Trabalha com farmácias e com as marcas Aco, Portania e Acoped.
 
Fortunato Frederico do grupo Kyaia, de Guimarães, abriu a quinta fábrica em Paredes de Coura, mas também tem parcerias em países como o Paquistão. O grupo conta com mais de 600 trabalhadores e exporta 95% da produção. A marca Fly London tem clientes como a actriz Sarah Jessica Parker e os músicos dos Rolling Stones. Apresenta ainda uma rede de 90 sapatarias das marcas Sapatália e Foreva.
 
A JEFAR que emprega mais de 300 trabalhadores em Felgueiras, quase 100 em Amarante (Calrifar) e 200 na Índia (Indiport). Exporta 97% da produção e está dividida entre Felgueiras (produção), São João da Madeira (desenvolvimento) e Guimarães (tratamento de imagem), tendo parcerias no Leste (fabrico).
 
Por fim, a Factorum Pele, fundada em Santa Maria da Feira, trabalha com insígnias de clientes, em especial escandinavos, e com as marcas próprias Angelini e Pé Lindo. Tem uma unidade de corte e costura em Marrocos e 200 trabalhadores.


Luís Onofre na exposição Portuguese Shoes da Moda Lisboa - Facebook

 
O célebre designer de sapatos português
 
O designer de sapatos Luís Onofre que calça a rainha de Espanha, Letícia Ortiz, e outras personalidades como Michele Obama, Naomi Whats e Paris Hilton, é natural de Oliveira de Azeméis (a 10 quilómetros de São João da Madeira), onde deu os primeiros passos na Conceição Rosa Pereira & C.ª Lda. Em 2014, foi agraciado com a Comenda da Ordem de Mérito Empresarial (Classe do Mérito Industrial).
 
A marca Luís Onofre, lançada em 1999, é atualmente comercializada em todo o mundo. Em Portugal, o designer conta com duas lojas, uma na avenida da Liberdade em Lisboa, e outra na avenida da Boavista no Porto. Devido à pandemia de COVID-19, todas as suas lojas estarão fechadas até 22 de março.
 
O seu desfile no Portugal Fashion foi também cancelado. Segundo comunicados do próprio Luís Onofre e do Portugal Fashion, publicados nas respectivas páginas de Facebook, a apresentação da coleção FW2021, agendada para 13 de março, acabou por ficar sem efeito. Aliás, o mesmo aconteceu a todos os desfiles marcados para os dias 13 e 14. Depois de, no dia 12, se terem realizado desfiles à porta fechada e transmitidos em direto via Internet.


@luisonofreofficial - Instagram

 
“Todos os desfiles e apresentações de moda do 2.º e 3.º dias do 46.º Portugal Fashion não se vão realizar por haver riscos para a saúde pública”, informou a organização. “A recente evolução do surto do novo coronavírus em Portugal, que levou a um reforço das medidas de contenção da epidemia, justifica uma atitude mais restritiva em relação a eventos em recintos fechados. Importa ressalvar que a suspensão dos desfiles não é motivada pela identificação de qualquer caso suspeito de infeção pelo novo coronavírus, no evento. Trata-se, sim, de uma medida preventiva e ajustada à evolução da epidemia no país”.


Miguel Vieira na exposição Portuguese Shoes da Moda Lisboa - Facebook

 
Designer português que toca várias áreas
 
Miguel Vieira, natural de São João da Madeira, onde trabalha na moda desde a década de 90 do século XX, foi também obrigado a cancelar a apresentação da coleção, seguindo as regras instituídas no Portugal Fashion e na cidade do Porto em geral de controlo ao surto de COVID-19.
 
Mas, antes do percalço do Portugal Fashion, Miguel Vieira apresentou criações de calçado na exposição Portuguese Shoes da Moda Lisboa, juntamente com Luís Onofre e outros convidados. Foi a partir de 1996 que passou a expor na Moda Lisboa, bem como na ModaCalzado em Madrid e no Micam em Itália. Em 1997, passou a responsável internacional pela coleção de sapatos da marca Guess.


@miguelvieiraofficial - Instagram

 
Agraciado em 2006 com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, Personalidade Masculina do Ano 2019 - LUX, Miguel Vieira toca várias áreas do design: Moda feminina e masculina, jóias, sapatos, acessórios, mobiliário, interiores. As suas coleções e tendências correm as principais capitais internacionais como Londres, Madrid, Milão e Paris, entre outras.
 

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