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4 de jan. de 2022
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Calçado continua a recuperar

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4 de jan. de 2022

O calçado português continua a emergir da crise provocada pela pandemia de Covid-19. Até outubro, o setor exportou 58 milhões de pares de calçado, no valor de 1409 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 9% face ao ano transato, indica em comunicado a APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Peles e Seus Sucedâneos) sublinhando que “a indústria portuguesa de calçado regressou, em 2021, a um registo positivo”.


Portugal exportou 58 milhões de pares de calçado nos primeiros 10 meses de 2021 - Foto: Duong Tran Quoc - Unsplash

 
Destino de 49 milhões de pares (+10,3%), a Europa continua a ser o maior mercado da produção nacional, no valor de 1151 milhões de euros. Fora do continente, a APICCAPS destaca o aumento de 12,8% nas exportações para os Estados Unidos (60 milhões de euros), Austrália (+44%, para 7 milhões de euros), China (+4,6% para 16 milhões de euros), Hong Kong (+24,5% para 2,6 milhões de euros) e Israel (+26,7% para 2,2 milhões de euros).
 
A recuperação, que em vários mercados já permitiu chegar a níveis anteriores à pandemia, está, no entanto, a ser “mais lenta” que o ideal, destaca Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS. “Todos os indicadores sugerem que o setor do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”, nota, acrescentando que, em Portugal, “há a expectativa” de que se consiga “atingir esse desiderato mais cedo, já em 2022”.

Paulo Gonçalves não deixa, porém, de recordar as diversas variáveis que poderão afetar os resultados, como os custos das matérias-primas, as dificuldades de abastecimento, a evolução da pandemia e o processo de vacinação. Neste contexto desafiante, “capacidade de resposta integrada (dos materiais ao calçado final), pequenas séries, proposta criativa de valor, nomeadamente no domínio da sustentabilidade” têm sido os trunfos das empresas portuguesas.


Modelo da Shoevenir, marca portuguesa de sneakers lançada recentemente - Fotografia: Shoevenir


O setor do calçado tem, de resto, dado provas da sua capacidade de adaptação, nomeadamente ao nível do produto final. Reagindo à tendência desportiva e à mudança dos hábitos de consumo, nomeadamente devido à pandemia, o país viu em 2021 aumentar as exportações de calçado produzido em materiais como plástico, borracha ou têxteis.

Além do calçado, também o setor dos artigos de pele apresenta sinais de “franco crescimento nos mercados externos”, indica a APICCAPS, notando que nos primeiros dez meses de 2021 as exportações registaram um aumento de 25,5% para 156 milhões de euros.
 
Por sua vez, no subsetor dos componentes para calçado a exportações cresceram 16% para 41 milhões de euros, sobretudo graças aos aumentos na Alemanha (+17,4% para 11 milhões de euros), Espanha (+18,8% para 6,7 milhões) e França (+7,5% para 6,5 milhões).

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