As exportações de vestuário e calçado do Camboja devem ter um crescimento menor (cerca de 5%) este ano, em comparação com 2016 (7%).  Mas esta tendência é comum no mercado e não indica queda geral, nem está vinculada à situação política, conforme explicado pelos especialistas da indústria. Vinte e cinco novas fábricas abriram este ano no Camboja, enquanto cinquenta e três fecharam.

À medida que o número de base aumenta, a mesma taxa de crescimento percentual não pode manter-se para sempre, disse Ken Loo, secretário-geral da Garment Manufacturers Association in Cambodia - GMAC (Associação de Fabricantes de Vestuário no Camboja) no recente Cambodia Textile Summit, de acordo com um relatório divulgado para a imprensa.

Ao instigar o governo a ajudar a reduzir o custo de negócios, Loo afirmou que o aumento do salário mensal mínimo de US$ 153 (131 euros) para US$ 170 (146 euros) a partir de 1 de janeiro faria com que o Camboja perdesse gradualmente a sua vantagem competitiva como destino de baixo custo. Os fabricantes precisarão de aumentar a produtividade para se manterem competitivos na indústria, acrescentou Loo.

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A última perspetiva económica divulgada pelo Fundo Monetário Internacional também prevê um crescimento mais lento para o setor de vestuário do país, devido ao aumento da concorrência dos países vizinhos. No entanto, o acesso comercial preferencial dos Estados Unidos para itens específicos relacionados com viagem poderia ajudar a sustentar o setor a curto prazo, disse o FMI.

O aumento do salário mínimo vai certamente prejudicar o setor se a produtividade dos trabalhadores não aumentar, disse Enjoy Ho, presidente da associação de empresas têxteis na Câmara de Comércio da China no Camboja.