Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
27 de mai. de 2019
Tempo de leitura
2 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Caramelo regressa ao mercado em 2020 com ajuda do El Corte Inglés e do canal online

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
27 de mai. de 2019

A Caramelo está a planear o seu regresso ao mercado têxtil. Após um périplo pelos tribunais durante o seu processo de falência, a histórica empresa de moda espanhola começa a definir seu futuro.


A Caramelo vai regressar ao mercado em 2020 - Foto: EUROPA PRESS/CARAMELO


Após as quatro empresas adjudicatárias não terem comprado a marca por diferentes motivos, no fim de contas a Caramelo vai ser propriedade da Transfleet Europe. Com sede em Vigo, a Transfleet Europe vai assinar a compra do Caramelo a 3 de junho, por 362 mil euros, segundo informa o jornal local La voz de Galicia.
 
A nova proprietária da Caramelo não é uma empresa ligada ao setor têxtil, mas sim às telecomunicações. A Transfleet Europa faz parte do grupo galego Emso Capital, que tem Emilio Pérez Fojón como único administrador e que tirará proveito do seu conhecimento no setor das telecomunicações para impulsionar a marca no canal online.

A Caramelo vai regressar ao mercado como uma marca de moda masculina de posicionamento médio cuja primeira coleção será distribuída na primavera de 2020 através de pontos de venda no El Corte Inglés (empresa com a qual a proprietária da marca já teria assinado um acordo) e do canal online.

Para relançar a Caramelo, a Transfleet Europe investirá um milhão de euros e espera que esta fature entre três e quatro milhões de euros no seu primeiro ano de vida. Em relação à produção, a primeira coleção da marca será fabricada em ateliers na Galiza; para as restantes, o objetivo da proprietária é manter o fabrico em Espanha e Portugal. Em declarações ao La Voz de Galicia, Pérez Fojón destacou que a sua intenção é dar continuidade ao "que foi a Caramelo no seu melhor momento".

Com este relançamento, a Caramelo vai completar 50 anos de existência, uma vez que nasceu em 1969, embora apenas se tenha estabelecido como marca em 1984. Durante o seu percurso, a empresa viveu anos de esplendor, chegando a empregar cerca de 1000 pessoas e a estar presente em vários países. Controlada desde 2007 pelo grupo Inveravante, não conseguiu enfrentar os desafios da crise económica e em 2013 entrou em falência.

A primeira proponente do leilão, a Postquam, foi desclassificada do processo; a Kosu Nuno, a segunda na disputa, nunca chegou a apresentar o dinheiro para a compra da marca; os seguintes adjudicatários, Do Rego e Kangaroos, também saíram do processo. Por fim, e como o última candidata, a Transfleet Europe assumiu a compra, um negócio que será oficialmente selado a 3 de junho.

Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.