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4 de set. de 2019
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Carlo Viscontti está de volta pela mão de Francisco Batista

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Jornal T
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4 de set. de 2019

A CBI está a preparar a ressurreição da marca Carlo Viscontti através da sua participada Amma 1981, uma empresa de confeções baseada em Arganil que o grupo liderado por Francisco Batista resgatou da insolvência em 2017.



“A marca Carlo Viscontti foi muito importante em Portugal. O nosso projeto consiste em dar-lhe também uma projeção internacional como marca de ready to wear , de alfaiataria industrial feita por medida”, explica Francisco Batista, um empreendedor que gosta de dar vida a fábricas mortas.

A Amma, dona da marca Carlo Viscontti, estava insolvente quando, em 2017, os credores lhe foram bater à porta, propondo-lhe ficar com os trabalhadores, parque de máquinas e a marca Carlo Viscontti. Ele disse que sim e reconhece que neste particular teve sorte porque pouco depois a Ralph Lauren estava a colocar-lhe encomendas na ordem dos 60 a 70 mil peças por ano que ele não teria capacidade para satisfazer sem a incorporação desta nova capacidade.

“Tivemos sorte. Mas a sorte protege os audazes – e dá muito trabalho a conseguir”, conclui Francisco Batista,  administrador e fundador deste grupo de confeções que tem o centro de gravidade em Mangualde, emprega 780 trabalhadores e fechou 2018 com um volume de negócios próximo dos 30 milhões de euros.

Além da Amma 1981, o grupo CBI compreende a casa mãe em Mangualde (uma fábrica com uma linha de fatos de senhora e uma linha de fatos de homem semi-tradicionais, numa área de sete mil m2), a CBI 2 (a primeira fábrica industrial de fatos por medida criada de raiz no nosso país, com três mil m2, em parceria com os belgas da Scabal, que controla 60% do capital) e a AfroPants, em S.Vicente (Cabo Verde), que além de fabricar 1 500 calças/dia passou agora a produzir também casaco de senhora.

“Estamos a reestruturar-nos no sentido de sermos mais polivalentes e de subirmos na cadeia de valor, de maneira a fornecermos clientes de segmentos cada vez mais altos, que possam pagar para produzirem em Portugal”, diz o administrador do grupo CBI, que conta já na sua carteira de clientes com marcas como a Massimo Dutti, Polo Ralph Lauren, Calvin Klein ou Sacoor .

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