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Estela Ataíde
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11 de set. de 2018
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Carolina Herrera: alta sociedade com um toque de Wes Gordon

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
11 de set. de 2018

Wes Gordon fez a sua estreia na Carolina Herrera na manhã de segunda-feira no Upper West Side. E, com Herrera sentada na primeira fila, a estreia do novo criador foi uma generosa homenagem à fundadora da casa.
 

Carolina Herrera - primavera-verão 2019 - Moda Feminina - Nova Iorque - © PixelFormula


O que equivale a dizer moda de alta sociedade, feminina e elegante, embora com um toque mais jovem.
 
“Na verdade, eu pensei no que torna a Carolina Herrera fabulosa e, em grande parte, é a própria Srª Herrera. Esta é uma casa que é suposto fazer roupa fabulosa para mulheres fabulosas”, disse Gordon à FashionNetwork.com.

O resultado foi uma coleção corajosamente colorida, que abriu com fatos xadrez e casacos xadrez cor de coral, antes de avançar para um deslumbrante vestido bordado com um motivo com pétalas coloridas de 45 centímetros de largura e uma série de blazers compridos sobre mini saias de camurça.

A paleta cromática incluiu vermelhão, turquesa, dente de leão e cobra. A melhor secção de Gordon foi uma série de arrojados vestidos de chiffon, muitas vezes arrebatadamente cortados, com estampados florais oversized, que ficariam impressionantes num casamento ou em almoços de verão elegantes.
 
“Eu queria uma coleção de folhos que dançassem e peças para uma mulher que quisesse sorrir”, confessou Gordon, de 31 anos, um ex-aluno de Tom Ford e Oscar de la Renta.

O desfile foi o primeiro desde que Carolina Herrera se reformou, na primavera, e deixou a direção criativa da casa, uma das cinco marcas de moda controladas pela família Puig, de Barcelona, além da Paco Rabanne, Jean Paul Gaultier, Nina Ricci e, desde o verão, Dries Van Noten.


Carolina Herrera - primavera-verão 2019 - Moda Feminina - Nova Iorque - © PixelFormula


“Acho que fizemos uma boa escolha, não?”, sorriu o líder do clã, Marc Puig, após o desfile. Enquanto Herrera comentou: “Gostei e foi bom ser o centro das atenções. Embora eu esteja aqui apenas como observadora; você é que é o crítico, não eu.”

Talvez faltasse à coleção a magnificência grandiosa associada a Herrera, aquele uptown chic especial que era a sua assinatura. No entanto, a abordagem menos grandiosa de Gordon deve adequar-se à casa, cujo principal impulsionador de negócio tem sido, historicamente, o seu negócio de perfumes, que a ajuda a gerar cerca de 1,2 mil milhões de dólares em vendas mundiais a retalho.

O desfile foi o mais recente exemplo da turné arquitetónica mundial da moda, visto que decorreu no interior da Sociedade Histórica de Nova Iorque, um belo edifício neoclássico localizado ao longo do Central Park, que foi inaugurado em 1804, sendo o primeiro museu da cidade. Os convidados chegaram envoltos num aguaceiro torrencial, mas no interior tudo era de muito bom gosto, da maravilhosa escadaria em espiral de madeira da imponente biblioteca até à coleção de belas artes. Quando as modelos saíram para a sala principal, fizeram-no em frente a uma magnífica cortina pintada por Pablo Picasso, Le Tricorne, criada em 1919 para o Ballets Russes de Serge Diaghilev.
 
“Se tivesse sido um dia ensolarado, eu adoraria ter entrado e saído de um Central Park verde. Mas, eu adoro este lugar, pois embora Nova Iorque seja tão grande, é realmente muito difícil encontrar um local que tenha alma e não seja tenha sido usado em demasia”, acrescentou Gordon.

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