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Traduzido por
Helena OSORIO
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10 de set. de 2021
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Carolina Herrera celebra origens na passerelle de Nova Iorque

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EFE
Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
10 de set. de 2021

A maison de moda Carolina Herrera celebrou as origens, na quinta-feira (9 de setembro), na New York Fashion Week, com uma coleção que enalteceu o glamour e a irreverência dos anos 80, no ponto alto de um dia em que a Moschino também deslumbrou.


Look de Carolina Herrera da coleção para a estação de primavera-verão 2022 apresentada na New York Fashion Week - EFE


A marca criada em 1981 pela venezuelana Carolina Herrera, cujas rédeas criativas são agora detidas pelo jovem designer americano Wes Gordon, ofereceu o melhor exemplo do regresso à normalidade ao realizar o seu desfile de moda num espaço interior, em oposição a outros eventos presenciais que optaram por telhados ou parques, desfrutando do ar livre.

O local escolhido foi o Salon 94, uma galeria de arte que ocupava três andares de uma casa senhorial situada no bairro de Upper East Side, escutando-se pelos salões o toque do calçado (em particular dos saltos altos) de um público com máscara reduzido a pouco mais de uma centena de pessoas, quando a empresa costuma convidar até 700.

Gordon, que se inspirou numa das primeiras coleções de Herrera, fez do vestido a peça estrela, recorrendo a uma paleta de cores que vai desde o preto e branco clássicos a tons saturados de vermelho, laranja, azul e rosa, impressa em looks com mangas em balão e saias de folhos.

Uma das estrelas foi o vestido curto sem alças que combinava sobre fundo branco duas das estampas características de Herrera, flores e pontos de polca, e que jogava com volumes, desenhando camadas de tecido no corpo, mas deixando ondular uma delicada cauda de seda à medida que a manequim desfilava.

A sua camisa branca característica apareceu com ombros exagerados e combinada com calças pretas à medida, uma proposta sóbria que contrastava com as opções da festa, das quais se destacou um vestido vermelho comprido e justo com cascatas de tule nas laterais e bainha.

Herrera, que celebra o seu aniversário de quatro décadas no mundo da moda e que permanece embaixadora da sua marca, esteve presente neste primeiro desfile físico após um ano de fecho causado pela pandemia e viu Gordon receber os aplausos, incluindo aqueles da editora da Vogue Anna Wintour.

Moschino Spring/Summer 2022 NYFW


Moschino e o regresso das celebridades



Outra das apresentações marcantes deste segundo dia da New York Fashion Week foi a da Moschino, que fez a sua estreia num jardim do Bryant Park, com o logótipo gigante podado em sebes de flores, transformando a tarde chuvosa num show de primavera.

A proposta desta marca italiana estava cheia de minissaias e fatos de casaco com um toque dos anos 70, em tons pastel ou cítricos. As manequins ostentavam o cabelo apanhado, fazendo sobressair as malas de mão feitas de brinquedos.

O diretor criativo da marca, o americano Jeremy Scott, mostrou a sua fantasia em estampas de retalhos de desenhos infantis em vestidos apertados como aquele usado pela supermodelo Gigi Hadid de ascendência jordano-americana e holandesa, que fechou o desfile com uma garrafa na mão, brindando à sua recente maternidade.

O evento reuniu várias celebridades na primeira fila, algo que a Big Apple sentiu falta após duas edições praticamente virtuais. Entre as caras famosas estavam a atriz Megan Fox e o DJ Diplo, embora a maior expectativa em termos de figuras públicas fosse esperada para a noite.

Como aconteceu, aliás, no desfile à noite da estilista LaOuan Smith, que reservou todo o Empire State Building (o arranha-céu de 102 andares no centro de Manhattan, com 90 anos, atração turística de Nova Iorque), dando o toque final aos desfiles físicos de quinta-feira, na New York Fashion Week. Semana da moda que continua sexta-feira (10), com veteranos como o nova-iorquino Michael Kors e o chinês-canadiano Jason Wu, natural de Taiwan e encerra, por fim, o ciclo de desfiles, no domingo (12), com o texano Tom Ford. A sua programação termina com o Met Gala, na segunda (13), focado em atrair a Geração Z como público-alvo.
 

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