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Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
25 de jan. de 2021
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6 Minutos
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Casablanca ao estilo Casino Royale nos Champs Elysees

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
25 de jan. de 2021

A Casablanca – a festiva marca francesa lançada pelo designer franco-marroquino Charaf Tajer, que desfruta de um crescimento explosivo – estreou a sua primeira coleção de moda mista, no passado fim-de-semana, com um vídeo ao estilo Casino Royale filmado numa mansão histórica oitocentista dos Champs-Élysées.


Look da nova coleção da Casablanca para a estação de outono-inverno 2021/2022 apresentada em Paris - Foto: Yannis Meynadier


"É a minha imagem da equipa da época do Fórmula Um, num casino no Mónaco, todos vestidos em Casablanca", explicou o fundador da marca, o designer Charaf Tajer, que filmou o seu vídeo no interior do Traveller's Club, uma mansão do século XIX mandada construir nos Champs-Élysées por Esther Lachmann (mais conhecida como La Païva), com quartos para cavalheiros e um casino.
 
Por curiosidade, La Païva foi a mais famosa das cortesãs francesas do século XIX, notável investidora, mecenas da arquitetura e colecionadora de joias, que começou por viver em circunstâncias muito modestas na Rússia natal, tornando-se em meados do século XIX uma das mais cortejadas e famosas mulheres de má fama em França. Casou com um dos homens mais ricos da Europa – o português Albino Francisco de Araújo de Paiva que conheceu no final da década de 1840, nas termas de Baden, herdeiro de duas importantes fortunas grossistas de Macau, cada uma delas (e em parte) com base no comércio do ópio. Embora fosse por vezes chamado marquês ou visconde, Araújo de Paiva não era um aristocrata (nem fidalgo) e não tinha qualquer título de nobreza que, na época, tanto nobilitaram plebeus.

La Païva manteve também um notável salão literário fora do Hôtel de la Païva, a sua luxuosa mansão no número 25 da avenida dos Champs-Elysées em Paris, que foi concluída em 1866, ao gosto do Segundo Império francês de Napoleão III, e que desde 1904 é a sede do Traveller's Club – o palco da nova coleção da marca Casablanca que funde Paris e Marrocos, inspirando-se nos hotéis mais elegantes do mundo, na música clássica e internacional e num profundo amor pela arquitetura francesa.


Look da Casablanca integrado na nova coleção de outono-inverno 2021-2022 - Foto: Yannis Meynadier


Filmado na segunda-feira (18 de janeiro), e editado durante várias noites, o vídeo do show da Casablanca no antigo Hôtel de la Païva foi revelado na noite de sábado (23), apresentando um elenco de pilotos fictícios, assim como amantes e glamorosos do Grande Prémio, que no Mónaco simboliza uma das mais antigas e prestigiadas corridas de automóveis (desde 1929). 
 
Os modelos femininos da Casablanca apresentaram-se com capas de xadrez vermelhas, vestidos cocktail atrevidos de xadrez a preto e branco, blusas de seda, ou calças dos anos 70. Todas a gritarem por champanhe; uma a pentear o pêlo de um cão branco de raça poodle gigante. Enquanto eles serviam a espirituosa bebida borbulhante sem parar. 
 
Havia até uma figura com características de Greta Garbo, com touca e casaco em casulo verde pálido, digno de Vionnet – uma das maiores estilistas da alta costura francesa –, e secretamente assobiado por eles, através do foyer de mármore, a caminho da suite dela. As modelos ostentavam também uma sombra verde, na mesma tonalidade das dezenas de plantas tropicais colocadas à volta do clube. 
 
Os modelos masculinos da Casablanca  um elenco diversificado que refletiu França contemporânea  vestiram versões masculinas do fato Chanel, mas com calças confecionadas em algodão; calças Ralph Lauren amarelas e cor-de-rosa; e smokings com trompe-l'oeil.
 
Foi quase tudo um enorme pastiche, não fosse o facto de Charaf Tajer, ser um especialista em estampas de primeira classe, misturando ilustrações Art Déco, ilustrações de carros de corrida e desenhos de cartões retro. Numa palavra, é o Roberto Cavalli da Côte d'Azur em França; ou talvez o Versace da cordilheira do Atlas no noroeste de África.
 
No verão passado, a Casablanca lançou uma coleção cápsula feminina na Net-a-Porter para testar o mercado e foi um grande sucesso, encorajando Charaf a lançar agora uma linha completa. No final, contamos no vídeo 50 looks para homens e 50 looks para mulheres, cada qual apresentado nesta grande festa, que foi filmada respeitando as regras da doença de COVID-19.


Look da nova coleção da Casablanca para a estação de outono-inverno 2021-2022 - Foto: Yannis Meynadier


"Adoro cada look. São todos como meus filhos. É um verdadeiro prazer criar um guarda-roupa Casablanca para as mulheres, para o nosso primeiro show em coautoria. A mulher é mais forte do que o homem", sorriu Charaf, no estúdio da rua Henri Barbusse, localizada no 18.º arrondissement de Paris, na margem direita do Sena, o qual foi arrendado para o casting e depósito de acessórios.

Perguntando o que as mulheres gostariam mais de vestir, Charaf Tajer respondeu Jackie Onassis, Sade, e Gabrielle Chanel. Parece-me outra grande festa. Como de facto foi este vídeo denominado Grand Prix (Grande Prémio), o nome do drama automobilístico de 1966, provavelmente a maior longa-metragem desportiva realizada, que conseguiu incluir no seu elenco tanto a cantora e compositora francesa Françoise Hardy como o automobilista argentino Juan Manuel Fangio.
 
Mulheres fortes apelam claramente a Charaf, que só lançou com a sua marca uma coleção feminina para a estação de primavera-verão 2019 em junho de 2018. O primeiro showroom foi a sala de estar da casa da mãe em Belleville, o movimentado bairro no norte de Paris. Agora, apenas cinco estações mais tarde, a Casablanca vende a retalho em mais de 200 portas, incluindo retalhistas de destino de primeira linha como Browns, United Arrows, Maxfield, Smets e Isetan. Personalidades como Gigi Hadid, Kendall Jenner e Hailey Bieber foram vistas com peças da marca francesa Casablanca.
 
Questionado sobre o volume de negócios da sua empresa, Charaf Tajer respondeu: "Eu sou francês e não gosto de falar do meu dinheiro, apenas dos meus sonhos".
 
Embora radicado em Paris, metade da sua equipa criativa e executiva vive em Londres, trazendo mais dores de cabeça logísticas.

"Tecnicamente, estamos a ser mais duramente atingidos devido a uma pandemia. A maioria da equipa não pôde vir a Paris, por a maioria ter passaportes do Reino Unido. As entregas estão atrasadas e várias fábricas fecharam", encolheu os ombros.
 
No entanto, a crise de COVID-19 não alterou a estética da Casablanca. "O que mudou foi que estamos a criar mais e a amar mais e a sonhar mais alto. Como acredito que hoje em dia as noções de sonhos; vestir roupa, liberdade e viajar são amplificadas", insistiu.
 
Charaf Tajer é um homem de marketing tão concentrado, que rebocou o seu logótipo de duplo C sobre a maior parte das peças  vestidos, sacos de fim-de-semana em pele, camisas de seda. A propósito de fel, Charaf fez um maço de cigarros Marlboro falso, inseriu a palavra "Casablanca", e transformou-o numa camisa de seda de playboy.

Casablanca "Grand Prix" outono-inverno 2021 | Paris Fashion Week Men's


O seu próximo sonho é abrir uma loja flagship, à medida que a teia se torna mais importante. 
 
"Quero apenas algumas lojas, cinco ou seis em grandes cidades como Tóquio, Paris, Londres, Nova Iorque, LA e Xangai... ah, e Casablanca. Onde cada uma seria mais como uma embaixada da Casablanca. Mais uma experiência de retalho, ou momento, do que apenas uma loja", explicou.
 
Ao estilo de Alfred Hitchcock, Charaf até conseguiu fazer uma breve aparição no seu próprio filme de moda, tocando piano. Incline também a cabeça ao realizador do filme Grand Prix de 1966, o americano John Frankenheimer; ao ator francês Yves Montand e ao ator japonês natural da China, Toshiro Mifune.
 
"Sim, corro riscos sim, mas riscos vestíveis. Se não, não é interessante. Porque as pessoas querem sentir-se como parte de algo em momentos importantes da sua vida, em férias, reuniões ou família", concluiu o designer franco-marroquino sempre sorridente.
 
Gostando ou não, como estabelecimento de moda parisiense, Charaf Tajer é a próxima grande coisa na moda francesa.
 

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