Centros comerciais: mercado europeu contrai-se no primeiro semestre de 2018
Um milhão de metros quadrados de centros comerciais foram entregues na Europa no primeiro semestre, uma queda de 10% em relação ao mesmo período de 2017. As áreas em construção, por seu lado, caíram 11%, e até 25% na Europa Ocidental. Sinal de um mercado que "atingiu a maturidade", diz a Cushman&Wakefield.

Enquanto os profissionais internacionais de imobiliário se encontrarão no salão Mapic, em Cannes, de 13 a 16 de novembro, a análise da Cushman&Wakefield lembra que um terço dos 166 milhões de metros quadrados de centros comerciais europeus foi construído há mais de 20 anos. Assim, a média de construção de novas superfícies, que foi de 5,4 milhões nas duas últimas décadas, transformar-se-á agora em 3,5 milhões em 2018 e 2019. Um amadurecimento que, para a empresa, não exclui excelentes oportunidades de redesenvolvimento.
"No segundo semestre de 2018, como no primeiro semestre de 2019, o ritmo de entregas diminuirá, com apenas 2,1 milhões de m² de novos espaços previstos na Europa, uma queda de 25% num ano", indica o estudo. Paralelamente, o mercado da Europa Central e de Leste, menos maduro, assistiu (NR: no primeiro semestre de 2018) à criação de 676.000 m² de superfícies: um valor em baixa de 18% em termos homólogos, que coloca o total do parque em 57 milhões de m². A produção nova irá recuperar ao longo dos próximos 18 meses, com quase 4 milhões de m² anunciados, um declínio de 2,4% num ano.
Na Europa Ocidental, o país mais ativo no primeiro trimestre foi o Reino Unido, com 90.000 m² inaugurados, incluindo 69.000 m² de extensões. França vem a seguir com 83.000 m², enquanto a queda de 24% esperada para o ano em curso deverá ser compensada pelo aumento de parques empresariais (+ 27%) e centros de marcas (+ 5%). A Alemanha deve, por seu lado, inaugurar 200.000 m² no segundo semestre e no primeiro semestre de 2019, incluindo um quarto de extensões.
A empresa também assinala a calma do mercado turco, que só se fortaleceu em 358.000 m² no primeiro semestre, uma queda de 40%, enquanto os semestres seguintes deverão registar novas quedas de 30% e 19%, respetivamente. Um declínio apoiado pela volatilidade da moeda. Na Rússia, o contexto de consumo moderado contraiu as entregas do primeiro semestre em 7%, enquanto o volume de entregas esperado, de 570.000 m², é o mais baixo desde 2004.
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