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Chanel anuncia recorde de vendas com alerta para desaceleração nos EUA
O grupo de artigos de luxo francês, Chanel, anunciou na quinta-feira (25 de maio) que alcançou um recorde de vendas em 2022 e registou um lucro líquido de 46 mil milhões de dólares (+14,2%).
"A Chanel atingiu novamente um sólido desempenho financeiro em 2022, com crescimento de dois dígitos em todas as categorias", indo além dos níveis pré-pandemia de 2019, declarou em comunicado Philippe Blondiaux, diretor financeiro da Chanel, que comemorou os resultados alcançados, "apesar de muitos desafios macroeconómicos".
O gestor lembrou que, no ano passado, o grupo aumentou a sua força de trabalho em 12 %, "superando 32.000 pessoas em todo o mundo". "Isto deve-se em particular ao crescimento registado em áreas de especialização, como o digital, tecnologias da informação e desenvolvimento sustentável", afirmou o grupo no comunicado.
Para 2023, "Apesar das incertezas do mercado, continuamos confiantes na nossa capacidade de garantir um crescimento sustentável e saudável, enquanto continuamos comprometidos com os nossos funcionários, com os nossos clientes e com a nossa marca", disse Philippe Blondiaux, sem fornecer números.
O gestor, no entanto, relatou uma desaceleração desde novembro nos EUA, o seu terceiro mercado. É o fim do "efeito de recuperação" pós-COVID-19, que atualmente estaria a ser compensado com as vendas para clientes chineses, localmente ou durante as suas viagens.
Em 2022, o lucro operacional da Chanel estabeleceu-se em 57 mil milhões de dólares, um aumento de 5,8% em comparação com o ano anterior. Por região, as vendas cresceram 16,8% na Europa, 7,2% na Ásia-Pacífico e 9,4% nas Américas.
A Chanel não revelou os resultados financeiros de cada uma das suas categorias, mas indicou que as suas coleções de moda "seguem com uma boa aceitação, com um crescimento excepcional em todas as categorias, especialmente em artigos de couro e calçado.
A divisão de perfumes de beleza beneficiou da "retoma das viagens, bem como da procura sustentada dos clientes locais", enquanto que a divisão de relógios e joias "continuou a apresentar uma sólida dinâmica".
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