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Helena OSORIO
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8 de jun. de 2020
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Chanel entre empresas estrangeiras que obtêm empréstimos do governo britânico

Traduzido por
Helena OSORIO
Publicado em
8 de jun. de 2020

Os meios de comunicação social britânicos estão descontentes com uma série de empresas internacionais, aparentemente bem capitalizadas, que conseguiram aceder a empréstimos do Reino Unido apoiados pelo governo.


Chanel obtém empréstimo de 600 milhões de libras esterlinas do governo britânico - Chanel


Parte do pacote anunciado pelo governo britânico para ver a economia atravessar a crise do coronavírus COVID-19, reverte estranhamente a favor de empresas estrangeiras. E, alguns dos empréstimos foram enormes, como aquele da maior empresa química alemã, BASF, que contraiu um empréstimo de mil milhões de libras, apesar de ter menos de 1.000 empregados no Reino Unido.

A líder da moda Chanel está também na lista das empresas que tiveram acesso a esse dinheiro, tendo obtido um empréstimo de 600 milhões de libras esterlinas. Os proprietários da empresa, Alain e Gérard Wertheimer, terão uma fortuna estimada em cerca de 30 mil milhões de libras esterlinas. No entanto, a empresa afirmou que o empréstimo será reembolsado com relativa rapidez.

O acesso a auxílios estatais por parte de pessoas e empresas abastadas tem sido um tema quente no Reino Unido, desde o início do confinamento, tendo a multimilionária Victoria Beckham apresentado a sua candidatura e, em seguida, renunciado à concessão de um empréstimo para o seu pessoal da loja no Reino Unido, após uma avalanche de críticas na imprensa e na televisão. A Chanel, no entanto, não recorreu ao regime de licença.


Chanel - primavera-verão 2020 -Alta Costura- Paris - © PixelFormula


O Covid Corporate Financing Facility está aberto a grandes empresas que têm uma "mão-de-obra significativa do Reino Unido" e "dão um contributo material para a economia do Reino Unido".

A Chanel tem apenas uma pequena cadeia de boutiques em Londres, bem como concessões em Selfridges e Harrods. Mas, os seus produtos são vendidos muito mais amplamente, estando as gamas de óculos de sol e de beleza da empresa, em particular, disponíveis em todo o país num número muito grande de lojas. Tem também uma grande presença empresarial na Grã-Bretanha.

Um porta-voz da Chanel disse ao jornal The Daily Mail: "A sede global da Chanel é no Reino Unido e temos 1.600 pessoas a trabalhar na nossa base em Londres e nas operações no Reino Unido. Optamos por não aceder a esquemas de licença do governo, mas como um grande empregador que viu todas as suas boutiques fechadas pela pandemia de COVID-19, acedemos aos apoios do Banco de Inglaterra. O empréstimo será reembolsado nos próximos 12 meses".
 

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