AFP
Novello Dariella
25 de mai. de 2022
Chanel mostra-se em grande forma em 2021
AFP
Novello Dariella
25 de mai. de 2022
A Chanel demonstrou a sua boa forma na terça-feira (24 de maio) ao publicar um lucro líquido para o ano de 2021 de 4 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros), 68,5% a mais do que antes da pandemia, em 2019, e uma faturação de 15,6 mil milhões de dólares (14,6 mil milhões de euros), um aumento de 27,4%.

"Apesar do contexto difícil de 2021, os nossos resultados destacaram a forte procura dos nossos clientes, principalmente os locais. O ano de 2022 será mais um de investimentos significativos para apoiar o desenvolvimento a longo prazo da marca Chanel e as nossas ambições em termos de desenvolvimento sustentável", disse Philippe Blondiaux, CFO, citado num comunicado do grupo.
A Chanel, que é um dos poucos grupos independentes remanescentes no sector de luxo, anunciou que a sua margem operacional foi de 34%. A empresa não está cotada na bolsa e é propriedade dos irmãos Wertheimer. No início deste mês, o presidente da divisão de moda da marca, Bruno Pavlovsky, disse à FashionNetwork.com que a empresa registou resultados recordes em 2021.
No comunicado, a empresa declarou: "As vendas atingiram um nível recorde em 2021 em todas as categorias de produtos. A moda apresentou resultados sólidos, graças ao crescimento de dois dígitos em todas as linhas de produtos, especialmente em artigos de couro e vestuário".
Em relação às fragrâncias, a Chanel disse ter conquistado "market share em países-chave" e uma forte "procura dos clientes locais". O grupo também mencionou que obteve um "crescimento de dois dígitos nas vendas de relógios e joias em todas as regiões".
Em 2021, a Chanel fez investimentos de 758 milhões de dólares (711,08 milhões de euros) em 2021, incluindo "grandes investimentos na sua rede de distribuição". O grupo expandiu as suas boutiques independentes que vendem perfumes e produtos de beleza, especialmente na Ásia, e abriu uma nova fábrica de artigos de couro em Verneuil-en-Halatte, França.
Para apoiar o seu negócio de comércio eletrónico, a Chanel planeia continuar a investir no digital, que para a marca é "uma área-chave para apoiar a experiência do cliente", que inclui serviços de experimentação virtual de produtos, agendamento e aplicações disponíveis em todo o mundo.
As vendas da Chanel ficaram próximas às do grupo Kering (Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta...), que registou vendas de 17,6 mil milhões de euros em 2021, à frente da Hermès (9 mil milhões de euros), mas distante da número um mundial em luxo, LVMH, que atingiu 64 mil milhões de euros em vendas em 2021. A principal marca da LVMH, a Louis Vuitton, registou vendas de cerca de 17 mil milhões de euros em 2021, segundo estimativas de analistas.
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