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Novello Dariella
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17 de jun. de 2022
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Chaumet inaugura exposição 'Observing Beauty' em Paris

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
17 de jun. de 2022

Botânica, biologia e bucólico são temas da nova exposição "Chaumet: Observing Beauty", que inaugurou na Beaux-Arts de Paris na quinta-feira (16 de junho).


Foto: Cortesia da Chaumet - DR


A natureza sempre esteve no coração da Chaumet, uma das maiores marcas de joias do mundo, cuja fundadora Marie-Étienne Nitot era conhecida como uma “joalheira naturalista”.
 
A exposição surge um ano após outra brilhante exibição da Chaumet intitulada "Joséphine & Napoleon", uma reflexão sobre o grande amor do líder francês e (porventura) imperatriz Josephine e a sua rara coleção, apresentada na sua sede, na Place Vendôme.

“Não podemos prometer uma exposição a cada ano. Levamos quatro anos para reunir mais de 400 objetos de vários museus e colecionadores para esta exposição, pelo que esta é uma oportunidade única”, diz Jean-Marc Mansvelt, CEO da Chaumet.
 
Na verdade, a mostra é apenas a ponta do iceberg do próprio arquivo da Chaumet, que inclui 66.000 desenhos, 300.000 impressões fotográficas e 350 criações – desde joias a relógios.
 

Foto: Cortesia da Chaumet - DR


A "Chaumet: Observing Beauty" é uma viagem no tempo, há 25 milhões de anos na paleobotânica para um fóssil de louro que parece quase natural. E de volta à Antiguidade, com uma grinalda de murta de ouro dramaticamente delicada que data do século IV a.C., reinado de Filipe II da Macedônia. Descoberta numa necrópole em Derveni, na Grécia, parece estranhamente recente e, com os seus botões e flores de ouro, verdadeiramente contemporânea.
 
A mostra inclui obras de outros mestres joalheiros e artesãos, que passam pela Boucheron a René Lalique.
 
É possível fotografar toda a exposição, embora duas pequenas placas instruam os visitantes a não fotografar contribuições de Doha, de propriedade da família real do Catar. Notavelmente, a sua tiara de marfim, platina e diamante por Lalique, que parece tão natural como a samambaia (fetos) que a inspirou.
 
Todos espalhados por sete temas principais: Forest, Foreshore, Reedbed, Stairs, Tillage, Hortus e Millefleurs. O Reedbed é representado por uma tiara super original, que se divide em dois mini alfinetes com asas de águia, feitos em 1910 pela Chaumet para Gloria Vanderbilt, a famosa artista, autora, atriz, estilista e socialite americana.
 
O Foreshore é interpretado pela intrigante maquete de Joseph Chaumet para uma tiara baseada em algas marinhas; o Millefleurs, por uma tapeçaria franco-flamenga gigantesca de animais e aves a adorarem a natureza, que foi emprestada pela Fondazione Pistoia Musei - Antico Palazzo dei Vescovi; ou por uma deslumbrante tiara de diamantes em rosa selvagem e jasmim de Jean-Baptiste Fossin, tão delicada que brilha e vibra quando nos aproximamos da sua caixa de vidro.
 
Por ser em Paris há também um viés literário, com uma carta sobre a importância de contemplar a natureza de Jean-Jacques Rousseau.
 
Em poucas palavras, o curador Marc Jeanson merece uma medalha de ouro pela mostra. Aberta até 4 de setembro, a "Chaumet: Observing Beauty" é imperdível. 
 

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