Novello Dariella
20 de fev. de 2020
Chloé poderá estar à procura de substituto para Natacha Ramsay-Levi
Novello Dariella
20 de fev. de 2020
Segundo algumas fontes, a nova direção da marca de moda francesa Chloé - que faz parte do grupo Richemont - estará à procura de um substituto para a sua diretora criativa, Natacha Ramsay-Levi.

Contactado pela FashionNetwork.com, um porta-voz da empresa disse: "Queremos negar oficialmente essa informação."
Desde a sua chegada à frente do estilo da maison Chloé, a designer expandiu as linhas de acessórios, joias e calçado, mas a chegada do novo CEO, Ricardo Bellini, ex-Maison Margiela, poderá explicar os rumores do setor sobre uma possível mudança na marca.
Natacha Ramsay-Levi será considerada "muito discreta", segundo algumas fontes que trabalham na Chloé. Formada pelo Studio Berçot e mão direita de Nicolas Ghesquière durante 15 anos na Balenciaga e, posteriormente, na Louis Vuitton, a designer ingressou na Chloé em abril de 2017, substituindo Clare Waight Keller, que ingressou na Givenchy.
Desde o início, a designer reivindicou como sua linha diretiva “o desejo não de revolucionar a Chloé, mas de fazer a marca evoluir”, e “dar-lhe uma estética sofisticada e ao mesmo tempo casual, atingindo um equilíbrio entre um estilo para uma mulher suave e forte”.
No entanto, a fórmula parece não ter funcionado. As vendas caíram em comparação com as registadas pelas suas antecessoras Clare Waight Keller e Phoebe Philo e os compradores dos Estados Unidos alegam que os preços são muito altos para o seu público-alvo. A tendência confirmou-se nos resultados financeiros registados pela empresa francesa Chloé Soc (que cobre apenas uma parte dos negócios da emprea) e que nos últimos anos sofreu um forte prejuízo de dois dígitos. A estrutura, com sede em Paris, registou uma faturação de 91 milhões de euros no seu ano fiscal encerrado no final de março de 2019, comparado com 215 milhões de euros no ano anterior, que por sua vez já havia observado uma queda de 38,29% nas vendas face a 2017.
No grupo Richemont, os resultados da Chloé são reportados na divisão "Outros Negócios", que representa 13% da faturação da empresa, e engloba marcas como Dunhill, Peter Millar, Montblanc, Alaïa e Serapian. Em setembro de 2019, a Chloé registava 228 pontos de venda, dos quais 124 geridos diretamente. De acordo com os últimos resultados anuais do grupo, a divisão "Outros Negócios" atingiu uma faturação de 1,88 mil milhões de euros, o equivalente a um aumento de 2%, mas registou perdas de 100 milhões de euros.
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